Biografias

ALICE AZEVEDO MONTEIRO
Professora e jornalista, destacou-se na sociedade paraibana ao contribuir com vários artigos e poesias na imprensa da capital, escrevendo para A União, A Imprensa, Revista do Ensino e Era Nova, além de participar ativamente na Associação Paraybana pelo Progresso Feminino fundada no ano de 1933, onde ocupava o cargo de secretária; também foi sócia efetiva no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano. Sua contribuição à educação paraibana assinala-se principalmente por haver fundado o primeiro Jardim da Infância, a princípio no âmbito particular, em 1932, e em seguida colaborando na criação do primeiro Jardim de Infância Oficial, sob a égide da Diretoria de Ensino Público da Paraíba, em 1934. Em reconhecimento aos serviços prestados à educação da mocidade pessoense, a Prefeitura da cidade de João Pessoa deu seu nome a uma das ruas centrais da capital paraibana.
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Fonte: Revista Era Nova, 1923.
ANALICE CALDAS
Nasceu a 30 de outubro de 1891, na Vila de Alagoa Nova/PB, emancipada em 1904. Filha de Manoel Paulino Correia de Barros e Ana Salvino de Caldas Barros. Formou-se na Escola Normal em 1911 e dedicou-se de imediato ao magistério, aos 20 anos. Em 1923, foi aprovada em concurso de âmbito nacional, para a cadeira de Português, nível médio, no então Liceu Industrial, antiga Escola de Aprendizes Artífices. Em 1936 foi admitida como sócia efetiva do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano. Idealizou a chamada Campanha dos Mil Réis Liberal. Fundou ao lado de Albertina Correia Lima e Lylia Guedes a Associação Paraibana Pelo Progresso Feminino, que exerceu uma incontestável liderança em prol da emancipação da mulher. Cultora das letras contribuiu na imprensa local, em jornais e revistas como: O Educador, O progresso, Paraíba Agrícola, Ilustração, Flor de Liz, A União, A Imprensa, dentre outros, e, especialmente, na revista Era Nova em que tinha um "Álbum de Mlle. Analice Caldas" com entrevistas a pessoas de destaque na política, na literatura, na educação. Faleceu aos 54 anos, em Lagoa Seca, Minas Gerais em um acidente de avião, no dia 15 de fevereiro de 1945. É patronesse de uma escola do município de João Pessoa e da Biblioteca Municipal da cidade de Alagoa Nova.
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Fonte: SILVEIRA, Fernando. Vidas Paraibanas. Unigraf. João Pessoa, s/d.
ANTÔNIO ALFREDO DA GAMA E MELO
Nasceu em 1º de outubro de 1849 , na Capital da Província da Parahyba do Norte e faleceu em 12 de abril de 1908. Atuou como professor, político, filósofo e escritor. Fez os estudos fundamentais em escolas particulares da capital e o secundário no Lyceu Provincial da Parahyba do Norte. Bacharelou-se-se em Direito pela Escola do Recife, em 1873, tendo sido contemporâneo de Castro Alves, Cardoso Vieira e Tobias Barreto. Influenciado pelas ideias de Tobias Barreto, líder dos estudantes, Gama e Melo sonhava com uma transformação política e social, ansiando por um Brasil, mentalmente, mais evoluído. Tornou-se um grande filósofo, destacando-se na oratória. Foi fundador de A República, jornal dissidente que pregava o sentimento de justiça e de igualdade dos cidadãos. Herdou do pai a vocação para as línguas clássicas, substituindo-o, através de concurso, na cadeira de Latim do Lyceu Provincial, onde, também, lecionava Retórica, chegando a diretor do estabelecimento. Enveredou na política partidária, foi o primeiro vice-presidente da Província da Parahyba, nomeado por carta imperial de 19 de abril de 1880, tendo assumido o cargo interinamente por cinco vezes. Morreu em plena luta pelos direitos republicanos.
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Fonte: concepção artística da foto em preto e branco do poeta,
quando se formou em Direito no Recife, em 1907 e capa da primeira edição do EU.
AUGUSTO DE CARVALHO RODRIGUES DOS ANJOS
(Augusto dos Anjos)
Nasceu em 1884, no engenho "Pau d'Arco", na Paraíba. Filho de Alexandre Rodrigues dos Anjos e de Córdula de Carvalho Rodrigues dos Anjos. Recebeu do pai, formado em Direito, as primeiras instruções. No ano de 1900, ingressou no Lyceu Paraibano e compôs nessa época, seu primeiro soneto, Saudade. Ingressou na Faculdade de Direito do Recife em 1903; formado em Direito, retorna à capital da Paraíba, onde passou a lecionar Literatura Brasileira, em aulas particulares. Em 1908, foi nomeado para o cargo de professor do Liceu Paraibano, mas, em 1910, é afastado do cargo. Nesse mesmo ano casa-se com Ester Fialho e muda-se para o Rio de Janeiro, depois que sua família vendeu o engenho Pau d'Arco. Em 1911 é nomeado professor de Geografia, no Colégio Pedro II. Em 1914, Augusto dos Anjos é nomeado Diretor do Grupo Escolar Leopoldina, em Minas Gerais, para onde se muda. No dia 12 de novembro, desse mesmo ano, depois de uma longa gripe, falece de pneumonia, com apenas 30 anos de idade.
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EUGENIO TOSCANO DE BRITO
Nasceu na capital da Província da Parahyba do Norte, em 10 de outubro de 1850 e faleceu no dia 31 de janeiro de 1903; filho do Comendador Felizardo Toscano de Brito e D. Eugênia Accioli Toscano de Brito. Casado com D. Josefina Roy Toscano de Brito. Fez o curso primário e os preparatórios na Parahyba, capital do Estado, depois foi para o Rio de Janeiro, onde se diplomou em Medicina, no ano de 1879. De volta a sua cidade, dedicou-se à medicina, ao magistério e ao jornalismo. Foi nomeado Inspetor da Saúde Pública e do Porto; exerceu as funções de Vacinador Provincial, Diretor do Serviço Médico da Santa Casa de Misericórdia, Cirurgião-Mor da Província; Médico Legista da Polícia da Estrada de Ferro Conde D'Eu. Era sócio correspondente da Sociedade de Medicina Cirúrgica do Rio de Janeiro; Professor de Trigonometria, Pedagogia, Ciências Físicas e Naturais, Geografia, Álgebra, Biologia e História Natural. Foi, também, Diretor da Instrução Pública, Diretor da Escola Normal depois, Externato Normal e do Lyceu Provincial. Fundador de A Gazeta da Paraíba.
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Fonte: A União, 02/08/1940.
FRANCISCA RODRIGUES MOURA
Nasceu em 02 de agosto de 1860, filha do casal Francisco José Rodrigues Chaves e Catarina Umbelina de Almeida e Albuquerque, na capital da Província da Parahyba. Recebeu o diploma de professora da Escola Normal Oficial do Estado em 1890, ofício que exerceu durante 60 anos. Fundou em 1902 o curso "Francisca Moura" que manteve por muitos anos, no qual afirmou sua dedicação ao ensino paraibano. Em 1906, reuniu em volume os Pontos de Português que ministrava a seus alunos secundários do Curso "Francisca Moura", contendo o programa completo do ensino da matéria na Escola Normal, programa que fora elaborado pelo Catedrático Dr. Maximiano José Inojosa Varejão. Publicou também um compêndio de geografia para os alunos primários, do qual fez a 2.ª edição em 1919 Aposentada, continuou a trabalhar no magistério primário e secundário e, preparava-se para reabrir o curso "Francisca Moura". Faleceu em 02 de fevereiro de 1942 em sua residência.
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Fonte: O Progresso, ano I, n. II, 1934, p. 1.
JOSÉ BAPTISTA DE MELLO
Nasceu em 22 de dezembro de 1895, na Vila de Teixeira, atual Município de Teixeira, no estado da Paraíba. Filho de Juventino Ananias Baptista de Mello e de Elvira Xavier Baptista. Em 1913 matriculou-se na Escola Normal da Paraíba, recebendo o título de professor normalista em abril de 1917. Ensinou no Curso Dom Ulrico, mantido e dirigido pela Professora Francisca Moura, foi adjunto interino da 1ª cadeira do sexo masculino da Capital e professor interino da Escola Noturna Venâncio Neiva. Concluído o curso normal, foi nomeado professor da cadeira do sexo masculino de Teixeira. Em 1918, depois de aprovado em concurso, foi nomeado professor do Grupo Escolar Tomás Mindelo, na Capital, e, a partir de 1920, foi, por onze anos, diretor do mesmo estabelecimento. Foi professor das Escolas Noturnas estaduais 5 de agosto (1920), Cardoso Vieira (1920-1929) e Arruda Câmara (1929-1931). Durante esse período foi, por duas vezes, comissionado Inspetor de Ensino. Entre 1922 e 1930 integrou o Conselho Superior de Educação do Estado e teve participação ativa na Sociedade dos Professores Primários, fundada em 1917. Ocupou diversos cargos, entre eles: o de Inspetor Técnico do Ensino (1930), Diretor do Ensino Primário do Estado (1931 a 1935). Instituiu as Semanas Pedagógicas, os Clubes Agrícolas, as Caixas Escolares, o Cinema Educativo e o Orfeão Escolar e fundou a Revista do Ensino e o jornal O Educador. Publicou as seguintes obras: A Instrução Pública na Paraíba (1931), Evolução do Ensino na Paraíba, Carlos Gomes (1936) e A Escola Primária (1951). Foi sócio da Associação Paraibana de Imprensa e do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano sendo, patrono da cadeira nº 39 dessa instituição.
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Fonte: MARTINS, Eduardo. Cardoso Vieira e
O Bossuet da Jacoca:
notas para um perfil bibliográfico. João Pessoa, 1979.
MANUEL PEDRO CARDOSO VIEIRA
Nasceu em 1848 no sítio Jacoca, atual munícipio do Conde. Filho do senhor de engenho Pedro Cardoso Vieira e de dona Maria Severina Vieira. No sítio aprendeu as primeiras letras e ainda jovem prestou exame para a Faculdade de Direito de Recife sem ainda ter a idade necessária para o ingresso, aos 16 anos. Para sua entrada na Faculdade, requereu à Comissão de Instrução Pública da Província para ter o direito de ser admitido. A solicitação foi enviada à Assembleia Geral Legislativa que, mediante resolução, autorizou que fosse admitido aos exames da Faculdade do Recife, faltando ainda 12 dias para completar a idade legal. Ao retornar a Parahyba do Norte, dedicou-se à advocacia, jornalismo e magistério. Aprovado em concurso, lecionou Geometria, Retórica e Português no Lyceu Provincial da Parahyba do Norte. Compôs a Comissão regional que socorreu os flagelados da grande seca de 1877, ganhando notoriedade e sendo convidado para participar da politica nacional. Elegeu-se deputado pelo Partido Liberal em 1878 e lutou ao lado de Joaquim Nabuco, pelo abolicionismo. Colaborou com os seguintes órgãos: Correio Noticioso; A Opinião e União Liberal. Criou e dirigiu o pasquim O Bossuet da Jacoca (1875) como um revide ao O Publicador, do Comendador Corrêa Neves (Padre Lindolfo Corrêa). É Patrono da Cadeira nº 10, Academia Paraibana de Letras. Faleceu em 1880, na Capital do Império de uma "febre perniciosa".
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Fonte: http://biblioteca.uepb.edu.br/index.php
MARIA DO CARMO DE MIRANDA
Nasceu em 07 de junho de 1942 em Macau/RN. Ainda menina fixou residência junto com a família na cidade de Cabedelo/PB (1952), onde concluiu o Ensino Primário. Estudou no Instituto de Educação da Paraíba recebendo do Governador do Estado Pedro Moreno Gondim como presente de formatura a nomeação de Diretora da Rede Ferroviária Engenheiro Wanderley. Licenciou-se em Pedagogia pela Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade Federal da Paraíba. Foi fundadora da Faculdade de Ciências e Letras de Guarabira (FAFIG), atualmente Campus III da Universidade Estadual da Paraíba, onde se empenhou para que a mesma fosse estadualizada. Exerceu as funções de professora e Administradora Escolar da Escola Normal Anísio Pereira Borges na cidade de Santa Rita. Foi diretora pioneira da Escola Normal Ministro Pereira Lira, hoje denominada Escola Normal Estadual Professora Maria do Carmo de Miranda, homenagem prestada após seu falecimento em 07 de setembro de 1988.
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Fonte: Álbum da Família Abihay.
OLIVINA OLÍVIA CARNEIRO DA CUNHA
Nasceu em 26 de maio de 1892, na Cidade da Parahyba e faleceu em 12 de março de 1977, em João Pessoa-PB. Filha de Silvino Elvídio Carneiro da Cunha (Barão do Abiahy) e de Maria Leonarda Bezerra Cavalcante (Baronesa do Abiahy). No ano de 1904, diplomou-se pela Escola Normal Oficial da Paraíba. Desde cedo mostrou seu interesse pelo magistério dedicando-lhe grande parte de sua vida e mais tarde também às letras. Foi professora de português do Colégio Estadual e do Ginásio N. S. das Graças. Como poeta, colaborou em vários jornais e revistas da Paraíba como A União - com destaque na coluna "Página Feminina" - e A Imprensa, Era Nova, Manaíra, entre outros. Na década de 1930, juntamente com outras adeptas à emancipação feminina, funda a Associação Paraibana Pelo Progresso Feminino, cuja meta era licenciar as mulheres em busca dos seus direitos como seres pensantes e atuantes na sociedade. Também participou da reorganização da Academia Paraibana de Poesia. No dia 06 de abril de 1938 entra para o quadro de sócios do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano. Em homenagem a sua contribuição à educação paraibana foi designada patronesse de uma das maiores escolas estaduais no município de João Pessoa.
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