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Agostinho de Hipona (354-430) [1]

 

Foi o último dos Padres da Idade de Ouro da Patrística. Era natural da África, filho de uma família burguesa e só se converteu na vida adulta, principalmente atraído pelas pregações de S. Ambrósio. É considerado a consciência da ortodoxia do seu tempo, o Doutor da Graça e, além de recolher a herança teológica da Antigüidade, influenciou toda a teologia posterior, até os dias atuais. S. Agostinho escreveu muitas cartas, tratados teológicos, exegeses bíblicas e homilias. Suas obras mais conhecidas são As Confissões e A Cidade de Deus contra os Pagãos (HAMMAN, Adalbert-G. Para ler os Padres da Igreja. (Trad.) Benôni Lemos. São Paulo: Paulus, 1995. p. 146-155). Diz Jacobina Lacombe que “A filosofia aristotélica, em que se nutriam os filósofos nas grandes universidades não repeliam, em princípio, a escravidão. O Estagirita considerava em sua Política, a escravidão, como justa e necessária, exigida pela própria natureza. Há pessoas que nascem para serem escravos, como outras para senhores (II, VI, 2). Por outro lado, Santo Agostinho, seguindo a orientação platônica, admitia a instituição; Deus tê-la-ia introduzido no mundo para castigo do pecado. Eram esses os dois faróis da filosofia estudada nas universidades católicas. A reação contra a nova invasão do escravismo teria que se basear no sentimento do cristianismo, na caridade e no universalismo da religião católica. Os defensores da instituição encontrariam nos pensadores e filósofos ampla justificação. Na verdade, a escravidão não fora abolida de direito. Em dois pontos vão, assim, apoiar-se os defensores da escravidão: na doutrina dos doutores e na existência de fato da instituição na África” (LACOMBE, A.J. A Obra Histórica do Padre Hoornaert. Rio de Janeiro: Agir; Brasília: INL, 1983. p. 9); AGOSTINHO (Bispo de Hipona). A Instrução dos Catecúmenos: Teoria e Prática da Catequese. (Trad.) da Glória Novak. (Introd.) Pe. Hugo Paiva. (Prefácio) Almir Guimarães (OFM). Petrópolis: Vozes, 1984. (Fontes da Catequese, 7); e A Cidade de Deus Contra os Pagãos. (Introd.) Emmanuel Carneiro Leão. São Paulo: Vozes, 1990. Parte II (Coleção Pensamento Humano).A Cidade de Deus Contra os Pagãos. (Introd.) Emmanuel Carneiro Leão. São Paulo: Vozes, 1990. Parte II (Coleção Pensamento Humano).



[1] Verbete elaborado por Ana Palmira Bittencourt Santos Casimiro

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