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Caetano de Vio [1]

 

Comentando a consciência da Igreja sobre se deveriam ou não se submeter os índios ao domínio ‘civilizador’ espanhol, Tüchle e Bouman dizem que Bartolomeu de Las Casas (OP) defendia a plena equiparação dos índios com os indivíduos de outras raças, e a possibilidade de cristianização por meios pacíficos, e que Las Casas era “por conseguinte, fiel discípulo do Geral de sua Ordem Cardeal Caetano, o primeiro a proclamar em 1517 que os gentios das terras recém-descobertas não estavam sujeitos, nem por direito nem de fato, aos princípios cristãos” (TÜCHLE, Germano; BOUMAN, C. A. Reforma e Contra-Reforma. In: Rogier, L. J.; Aubert, R.E.; Knowles, M.D. (Diretores). Nova História da Igreja. Petrópolis: Vozes, 1983. p. 14). Bangert fala de Cayetano, da escolástica clássica que, assim como Aristóteles, era fonte inspiradora dos jesuítas. (BANGERT, William V. (S.J.). História da Companhia de Jesus. Porto: Apostolado da Imprensa; São Paulo: Loyola, 1985. p. 240). Nóbrega cita o Dr. Navarro que se respalda no Cardeal Caetano, sobre a questão da liceidade da confissão feita através de intérprete, sem prejuízo do sigilo (medida à qual o Bispo D. Pedro Fernandes foi contra). (LEITE, Serafim. História da Companhia de Jesus no Brasil: século XVI. Lisboa: Portucália, 1938. 10v. p. 118-119. Segundo Häring, “Na Itália o cardeal De Vio, chamado Caetano (+1534) publica um comentário integral da Suma, dos “Opúsculos” e uma “Súmula ” que formam um conjunto de grande importância para a teologia moral [...]” (HÄRING, Bernhard C. S.S. R. A Lei de Cristo: Teologia Moral para Sacerdotes e Leigos. Tomo I, Teologia Moral Geral. São Paulo: Herder, 1960. p. 57). Villoslada comenta que Cayetano, ou Tomás de Vio (que por ser originário de Gaeta passa a ser chamado Cardeal Gaetano), foi um dos melhores conhecedores de Aristóteles e de sua Metafísica (LLORCA, Bernardino, S.J.; VILLOSLADA, R. Garcia, S.J.; MONTALBAN, F. S., S.J. Historia de la Iglesia Catolica: en sus cuatro grandes edades: antigua, media, nueva, moderna. Madrid: Biblioteca de Autores Cristianos – BAC, 1960. p. 1018-1049). Agustín Barbosa (+1649), segundo Villoslada, foi um insígne canonista de origem portuguesa, que demonstrou extraordinária erudição, pelo que mereceu especiais distinções de Felipe IV. As suas obras canônicas eram célebres e de valor fora do comum. (LLORCA, Bernardino, S.J.; VILLOSLADA, R. Garcia, S.J.; MONTALBAN, F. S., S.J. Historia de la Iglesia Catolica: en sus cuatro grandes edades: antigua, media, nueva, moderna. Madrid: Biblioteca de Autores Cristianos – BAC, 1960. p. 1018-1049).

 

 



[1] Verbete elaborado por Ana Palmira Bittencourt Santos Casimiro

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