Hugo Cardin ( + 1263)[1]
o mesmo Hugo de St. Cher,
cujo nome em latim se pronunciava Hugo de S. Caro, observava a tradição
platônico-agostiniana, servindo-se o menos possível de Aristóteles. Religioso
da Ordem Dominicana desde 1226, faleceu no ano de 1263, ou 64, em Orvieto. Várias vezes foi ministro provincial da sua Ordem,
na França e, a partir de 1244, foi cardeal. Lecionou como professor na
Universidade de Paris, de 1230 até 1235, ensinando a Sagrada Escritura e
exercendo grande influência doutrinal. Não foi estranho ao envio de S. Tomás a
Paris, em 1252. De 1240 a 1241 foi vigário geral da Ordem Dominicana. Em 1244
foi elevado ao cardinalato como primeiro dominicano que exerceu este cargo.
Entre 1251 e 1253, várias vezes, foi delegado pontifício na Holanda e na
Alemanha. Com a autorização papal, fez a revisão da
regra dos carmelitas, aprovada em 1256. Quase sempre em Roma, desde 1253, foi
conselheiro de Alexandre IV e Urbano IV, e penitenciário-mor. Quando ensinou em Paris, procedeu, de maneira
especial, as “postillas e universa Biblia Justa quadruplicem sensum”, ou seja, “Apostilas para toda a Bíblia,
conforme o quádruplo sentido”. Escreveu,
também, uma obra ascética: speculum Eclesie ou Exposicion Missae; Comentário às Trinta Sentenças e às Trinta Questões.
No seu ensino ele se ateve à orientação tradicional agostiniana, mas, ao mesmo
tempo, já se começava a valorizar a orientação aristotélica arábico-judáica
(Lexikon für Theologie und Kirche.
Friburgo: [s.e.], 1960.)