voltar

Manuel Bernardes (1644+1710)[1]

 

segundo Manuel Bandeira foi, em tudo, diferente de Vieira, por seu estilo de simplicidade e doçura, que evidencia a sua própria vida sossegada de frade oratoriano (BANDEIRA, Manuel. Noções de História das Literaturas. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1942. (Biblioteca do Espírito Moderno). p.40). Na Biblioteca Lusitana, Diogo Barbosa Machado (BARBOSA, Diogo. Biblioteca Lusitana. Lisboa: Oficina de Antônio Isidoro da Fonseca, 1741) em Biblioteca Lusitana. (Coleção de 4 volumes que contém, em ordem alfabética, todos os autores portugueses e seus impressos até a data da publicação, sendo que o último volume contém o índice de nomes e de títulos) dá notícias da sua vida e da sua obra. Sabe-se, assim, que Manuel Bernardes nasceu, estudou e viveu em Portugal. Era muito humilde, e sua obra só foi escrita por insistência dos seus superiores. Bernardes compôs várias obras espirituais e místicas, das quais a mais conhecida é, sem sombra de dúvida, A Nova Floresta ou Sylva de Vários Apopthegmas (Livro de reflexões morais, do século XVIII,, obra de reflexões morais, que, apesar de estilo, intenção e destinatários diferentes, traz algumas nuanças em comum com a Economia Cristã, principalmente por guardar a mesma fundamentação em trechos bíblicos, o que era muito usado naquela época. Vale lembrar que Manuel Bernardes se dirigia ao público em Portugal, onde, naquela altura, ainda vigorava a escravidão negra. Para maior conhecimento do autor, conferir: BERNARDEZ, M. 1945. Nova Floresta, ou Sylva de Vários Apophthegmas, E Ditos sentenciosos espirituaes, e moraes. Lisboa: Na Officina de Valentim da Costa Deslandes, Impressor de S. Magestade. 1706. Ed. fac-similada. In: Obras Completas do Padre Manuel Bernardes. São Paulo: Anchieta, [s/d].

 

 



[1] Verbete elaborado por Ana Palmira Bittencourt Santos Casimiro

 

HISTEDBR (1986 - 2006) - Faculdade de Educação - UNICAMP - Todos os Direitos Reservados aos Autores | Desenvolvimento: Fóton