São Tomás de Aquino[1]
(1225-1274) estudou Teologia em
Paris com Alberto Magno, lendo, em latim, autores profanos e escolásticos. Foi
grandemente influenciado pelo pensamento de Santo Agostinho. Em Paris, viveu os
conflitos típicos do seu tempo, que opunham o conhecimento pela fé ao
conhecimento pela razão; Coube a S. Tomás a missão de reunir, numa única
síntese, a Suma Teológica, todas as tendências da tradição e dar à Teologia
Moral uma nova configuração. Costuma-se fragmentar a unidade da sua obra e atribuir
à Segunda Parte da Suma o título de Teologia Moral de S. Tomás. Mas, na visão
de Häring, “seria trair a S. Tomás separar esta
Segunda Parte da Suma do conjunto em que ela se insere, para transformá-la numa
moral fechada em si mesma” (HÄRING, Bernhard C. S.S. R. A Lei de Cristo:
Teologia Moral para Sacerdotes e Leigos. Tomo I, Teologia Moral Geral. São
Paulo: Herder, 1960. p.51). No seu entendimento, a
Teologia Moral de S. Tomás forma um todo único, indissociável. Para Santo Tomás, o homem foi criado livre,
por Deus, e a escravidão é uma decorrência do pecado original (BOEHNER, Philotheus; GILSON, Etienne.
História da Filosofia Cristã. (Trad. e notas)
Raimundo Vier, OFM. Petrópolis: Vozes, 1995. p. 447-486).