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Virgílio Publius Maro[1]

 

nasceu em Andes, perto de Mântua, em 70 a.C. Ficou conhecido pelo seu talento poético e dentre os seus poemas mais conhecidos estão as Geórgicas e a Eneida. Virgílio teve seu mérito reconhecido ainda em vida. Na Idade Média seu culto cresceu e, a partir daí, os maiores representantes da literatura celebraram suas obras, dentre os quais Dante, na Divina Comédia. A Eneida é um poema épico estruturado na lenda de Enéias, chefe troiano, de ascendência divina na mitologia grega. Enéias aparecera, anteriormente, na Ilíada. O poema relata as vicissitudes de Eneias a partir do pano de fundo da cultura grega, de influência homérica, mas certamente com o olhar já distanciado pelo tempo e pelas sua própria cultura. Jorge Benci se refere ao seguinte verso do Livro 1 da Eneida: “De austros furentes de chuveiros prenhe, / À Eólia parte. Aqui num antro imenso / O rei preme, encarcera, algema, enfreia / lutantes ventos, roncas tempestades. / Em torno aos claustros de indignados fremem / Com grã rumor do monte. Em celsa roca / Sentado Eolo, arvora o ceptro, e as iras / Tempera e os amacia. Que o não faça, / Varridos mar e terra e o céu profundo / Lá se vão pelos ares...”

 

VIRGÍLIO.  Eneida. Trad. Antonio Feliciano de Castilho. Prefácio de Nelson Romero. São Paulo: Clássicos Jackson, 1952, v. 3

 


[1] Verbete elaborado por Ana Palmira Bittencourt Santos Casimiro
 

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