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ANTONIO PEDRO DE FIGUEIREDO[1]

 

FIGUEIREDO, Antonio Pedro de nasceu em Iguarassu, vilarejo nas cercanias de Recife.  No Dicionário Biográfico de Pernambucanos Célebres de autoria de Francisco Augusto PEREIRA DA COSTA quanto no Dicionário Bibliográfico Brasileiro de Augusto Vitorino SACRAMENTO BLAKE, consta a data de 22 de maio de 1822. No jornal O Liberal Pernambucano, no obituário de Figueiredo, sua idade era a de 45 anos, o que retroage seu nascimento ao ano de 1814. Pouco se sabe acerca de sua família, a não ser que era filho de um pardo chamado Basílio conforme informação do jornal O Volcão. Transferiu-se para Recife perseguindo o sonho de estudar. Não encontrando abrigo numa promessa feita, foi acolhido no Convento do Carmo, onde pode se consagrar ao estudo do francês e da língua portuguesa. Teve ali a oportunidade de tomar contato com livros de Filosofia, já que logo depois traduziu a obra de Victor COUSIN, denominada em português Curso de Filosofia e composto por três volumes. Foi nomeado por Francisco Rego Barros em 1844, então presidente da província de Pernambuco, para o Liceu Provincial como professor adjunto de geometria, mas foi demitido pelo liberal Chichorro da Gama em 1846. No mesmo ano lança a público a revista O Progresso em colaboração com amigos de idéias, periódico que veio a se tornar um dos mais memoráveis documentos para se conhecer as lutas políticas no Brasil daquele meado de século e um completo programa de modernização do país (Ver Referências Historiográficas). Em 1849 é reconduzido por Honório Hermeto Carneiro Leão, novo presidente da província, à cadeira de Língua Portuguesa no já denominado Ginásio Pernambucano. Com o fim da Revolução Praieira encerra as atividades de O PROGRESSO, passando a escrever no A Carteira, folhetim do jornal O Diário de Pernambuco entre os anos de 1856 a 1858. Em 16 de agosto de 1855, por meio de portaria, assumiu a cadeira de história e geografia no mesmo estabelecimento onde lecionava. Contribuiu com o periódico O Parlamentar, com o jornal A Imprensa, que lhe concedeu espaço para encerrar a polêmica sobre o socialismo que travou com o professor de economia Pedro Autran da Mata, traduziu a obra de M. Ortolan Da Soberania do povo e dos princípios do governo republicano (1847), de George Sand As sete cordas da lira (1847). Morreu em agosto de 1859, muito próximo de realizar o sonho que acalentara durante toda a sua vida: conhecer a Europa e tomar contato de perto com mentes culturalmente mais evoluídas. Estudos exclusivos sobre Figueiredo e sua revista foram realizados por Tiago Adão LARA (1976) e Aloísio Franco Moreira (1986). Estudos parciais são de autoria de Amaro QUINTAS (1967), Izabel Andrade MARSON (1974:1986), Antonio PAIM (1966), Vicente BARRETO (1974), Vamirech CHACON (1965), Paulo MERCADANTE (1965), Luis Washington VITA (1969). Para se conhecer o pensamento de Antonio Pedro de Figueiredo na íntegra deve-se consultar os três tomos que compõem a revista O PROGRESSO, em edição da Imprensa Oficial do Governo de Pernambuco em 1950.

 

 



[1] Verbete elaborado por Marcília Rosa PeriottoVerbete elaborado por Marcília Rosa Periotto

 

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