Carlos Drummond de Andrade nasceu em 1902, em Itabira do Mato Dentro
(MG). Poeta, iniciou sua atividade literária escrevendo artigos e crônicas para
o Diário de Minas, órgão do Partido Republicano Mineiro (PRM). Defensor
de posições de vanguarda face à literatura vigente, colaborou nas revistas Ilustração
Brasileira e Para Todos.
Em 1925, fundou, junto com João Alphonsus, Martins de
Almeida e outros, A Revista, que apesar de efêmera, obteve larga repercussão
por suas posições modernistas. Concluiu, ainda em 1925 o curso de farmácia em
Ouro Preto. Foi redator da Revista de Ensino, órgão oficial da
Secretaria do Interior de Minas Gerais, e diretor do Diário de Minas em
1926, cargo que ocuparia até 1939.
Em 1930, publicou a sua primeira obra poética: Alguma
poesia. Íntimo colaborador do político mineiro Gustavo Capanema, foi seu oficial-de-gabinete na Secretaria do Interior e Justiça de
Minas Gerais (1930-1932), secretário particular quando Capanema exerceu a interventoria do estado em 1933, e chefe de gabinete de
1934 a 1945, durante sua gestão no Ministério da Educação e Saúde. A carreira
burocrática não o impediu de continuar a escrever seus poemas. Entre os anos de
1934 e 1945, publicou diversos livros: Brejo das almas (poemas,1934), Sentimento
do mundo (poemas, 1940), Poesias (1942), Confissões de Minas
(ensaios e crônicas, 1944) e A rosa do povo (poemas, 1945).
Ainda em 1945, a convite de Luís Carlos Prestes, tornou-se
co-editor da Tribuna Popular, diário do Partido Comunista Brasileiro,
então Partido Comunista do Brasil (PCB). Discordando da orientação do jornal,
afastou-se meses depois. No período de 1945 a 1962, atuou como chefe de seção
no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Manteve-se como jornalista e poeta até a sua morte no Rio
de Janeiro, em 1987.
De sua consagrada obra, merecem destaque, além dos
trabalhos citados Claro Enigma (poemas, 1951), Contos de aprendiz
(1951), A mesa (1951), Passeios na ilha (ensaios e crônicas,
1952), Fazendeiro do ar & poesia até agora (poemas, 1954), Lição
de coisas (poemas, 1962), Cadeira de balanço (crônicas, 1966), Boitempo & A falta que ama (poemas,
1968), O poder ultrajovem (crônicas em prosa e verso, 1972), O
elefante (primeiro livro infantil, 1983), Corpo (poema, 1984), O
observador no escritório (memória, 1985). Como obras póstumas, destacam-se Moça
deitada na grama (prosa, 1987), O avesso das coisas (aforismos,
1988), Auto-retrato e outras crônicas (1989).
Colaboradores Alunos do curso de Pedagogia UEPG
Colaboradores Alunos do curso de Pedagogia UEPG
Fonte: : http://www.cpdoc.fgv.br/comum/htm/
Maria Isabel Moura Nascimento
Data do Documento: 22/04/2004