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Francisco Luís da Silva Campos[1]

 

Nasceu em Dores do Indaiá (MG), em 1891. Em 1919, iniciou sua carreira política elegendo-se deputado estadual em Minas Gerais na legenda do Partido Republicano Mineiro (PRM). Em 1921 chegou à Câmara Federal, reelegendo-se em 1924. Intelectual ligado identificado com a manutenção da ordem manifestou-se contra o movimento tenentista, que o governo federal pelas armas.

Em 1926, com a ascensão de Antônio Carlos ao governo de Minas Gerais, assumiu a secretaria do Interior daquele estado. Identificado com as bandeiras do movimento da Escola Nova, promoveu uma profunda reforma educacional em Minas. Profundamente comprometido com o movimento “revolucionário” de 1930,  assumiu a direção do recém-criado Ministério da Educação e Saúde, credenciado por sua atuação à frente dos assuntos educacionais de Minas. Promoveu, então, a reforma do ensino secundário e universitário no país. Do ponto de vista político, foi indicado representante mineiro no governo federal pelo governador Olegário Maciel. Foi também um dos principais incentivadores da Legião de Outubro, organização criada em Minas Gerais com o objetivo de oferecer sustentação política à nova ordem, ao mesmo tempo que atacava as bases do até então todo poderoso PRM. A nova agremiação assemelhava-se às organizações fascistas européias, no que diz respeito tanto aos seus aspectos programáticos como organizacionais. Francisco Campos deixou o ministério em setembro de 1932. Sem dúvida, foi figura central do conservadorismo no Brasil,  ocupando postos dentro do aparelho do Estado, assim como defendendo abertamente os regimes autoritários, desde o Estado Novo até a Ditadura Militar.  Morreu em Belo Horizonte, em 1968.

 

 



[1] Verbete elaborado por Marco Antonio

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