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HENRY BATES.[1]

 

Profissão: Naturalista. Nasceu em Leicester, Inglaterra, em 1825, e morreu em Londres, em 1892. Viajou para o Brasil, junto com Alfred Russell Wallace, em 1848. Permaneceu no Brasil até 1859, quando embarcou no navio mercante norte-americano, Frederic Demming, com destino a Nova York e depois rumou para a Inglaterra. Veio ao Brasil com 23 anos, permanecendo aqui de 1848 a 1859. Os dois naturalistas iniciaram juntos as suas excursões pelas regiões circunvizinhas de Belém, rumo ao Rio Tocantins, se separando em 1849 quando cada um seguiu para uma direção diferente. Os dois amigos separaram-se sem o menor desentendimento pessoal. Bates cogitava exclusivamente sobre a entomologia, ao passo que Wallace queria colher fatos que pudessem interessar ao estudo da origem e evolução das espécies. Bates resolveu realizar sozinho a exploração do restante da Bacia Amazônica por ele denominada “o paraíso do naturalista”, e ali permaneceu até 1859. Na região amazônica coletou mais de 15.000 espécies, das quais cerca de 8.000 eram inéditas para a ciência, remetendo-as ao Museu Britânico. Passou também por São Paulo. Sua viagem foi uma das mais importantes para as Ciências Naturais. Bates descreveu os tipos de vegetação e a fauna brasileira, com informações zoológicas, etnológicas e históricas, não perdendo oportunidade de enriquecer sua coleção com pássaros, insetos, conchas e plantas. Quando retornou ao Pará, depois de suas longas excursões pela região, em 1859, notou muitas mudanças nas construções e nos costumes locais. Passou por São Paulo, Belém e regiões da Amazonas. Escreveu O naturalista no Rio Amazonas, publicada em 1863 e traduzida, para o português, em 1944, nesta obra não deixou de registrar suas observações a respeito das exportações e importações do Brasil, sobre a borracha, sobre a importância da imigração para o progresso do país, além de fazer considerações morais sobre a população branca, negra, indígena e mestiça, sendo que a respeito das três últimas raças entra muitas vezes em contradição. Com visão apaixonada, chega a parecer eufórico em suas descrições, sempre observando fatos, costumes e hábitos em comparação com o mundo europeu, embora, algumas vezes, demonstre impaciência, ou mesmo raiva, diante das dificuldades e aborrecimentos vivenciados nas matas. Trata em suas obras sobre a flora e fauna, informações zoológicas, etnológicas e históricas; sobre as exportações e importações do Brasil, sobre a borracha, sobre a imigração, sobre a riqueza não aproveitada. Fez considerações morais sobre a população branca, negra, indígena e mestiça. Observou fatos, costumes e hábitos sempre comparando à Inglaterra. Na educação aponta a existência de “uma escola em cada arraial”, paga pelo governo, com a população começando a ver as vantagens do ensino, mas ainda sem ciências ou geografia. A população se esforça por ser vista como civilizada, tratando bem os estrangeiros, que eles poderiam fornecer-lhes conhecimento. Aponta para a ignorância nas classes mais baixas.Quando partiu demonstrou tristeza: “(...) ali ancorados foi então que senti que se havia rompido o último laço que me prendia àquela terra da qual eu levava tantas e tão agradáveis recordações.” (Bates, 1979, p. 298). Os paranaenses tinham consciência dos encantos de sua terra, como demonstra o ditado: “Quem vai para o Pará, pára”. A obra de Bateu demonstrou tristeza: “(...) ali ancorados foi então que senti que se havia rompido o último laço que me prendia àquela terra da qual eu levava tantas e tão agradáveis recordações.” (Bates, 1979, p. 298). Os paranaenses tinham consciência dos encantos de sua terra, como demonstra o ditado: “Quem vai para o Pará, pára”. A obra de Bates é uma das mais importantes e famosas sobre a Amazônia.



[1] Verbete elaborado por Ana Paula Seco

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