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João de Camargo Penteado[1]

 

João Penteado nasceu no dia 4 de agosto de 1876 em Jaú - interior de São Paulo - e faleceu em 31 de dezembro de 1965 na capital paulista. Quando criança auxiliou o pai, que trabalhava nos Correios. Autodidata, foi aprovado em concurso para professor municipal de Jaú. Iniciando sua carreira no Magistério, lecionou também em Itapuí (SP) e Juiz de Fora (MG). Participou do Centro Operário de Jaú e, durante o protesto organizado contra o fuzilamento de Francisco Ferrer na Espanha, foi indicado como orador pelo Centro Operário. Na capital paulista, aproximou-se mais dos anarquistas e participou da fundação da Escola Moderna n° 1, sendo professor e diretor do estabelecimento. Esta experiência libertária na educação foi realizada entre 1912 a 1919, ano em que foi fechada pelo governo. Este espaço deu lugar à Academia de Comércio Saldanha Marinho, depois Colégio Saldanha Marinho, onde João Penteado permaneceu como diretor até seu falecimento. João Penteado participou ativamente de periódicos anarquistas como A Plebe, A Lanterna, do Boletim da Escola Moderna. Sempre defendeu, em seus textos, a intrínseca relação da educação com a revolução social.

 

Fonte:

LUIZETTO, Flávio V. Presença do anarquismo no Brasil: um estudo dos episódios literário e educacional – 1900/1920. Tese doutorado USP. São Carlos, 1984.

MORAES, José Damiro de. A trajetória educacional anarquista na Primeira República: das escolas aos centros de cultura social. Dissertação mestrado. Unicamp, SP: 1999.

RODRIGUES, Edgar. Os Companheiros 3. Florianópolis, Insular, 1997.





[1] Verbete elaborado por José Damiro de Moraes

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