Mário Raul de Morais Andrade nasceu em São Paulo, em 1893.
Fez os seus primeiros estudos em sua cidade natal, formando-se em piano em 1917
pelo Conservatório Dramático e Musical de São Paulo. Ainda em 1917 estreou na
vida literária com o volume de versos na linha parnasiana Há uma gota de sangue em cada poema. Tornou-se crítico de arte em
vários jornais e revistas paulistas.
Em 1922,
foi um dos organizadores da Semana de Arte Moderna. Naquele mesmo ano escreveu Paulicéia Desvairada, um dos principais
livros do modernismo. Foi o primeiro a usar sistematicamente o verso livre no
Brasil. De 1922 a 1945, tornou-se a figura mais completa e representativa das
letras brasileiras. Musicista, dirigiu seus estudos para pesquisas de
nacionalização da música brasileira. De 1928 a 1929 realizou várias viagens
para o interior do país. Dedicou-se às críticas e às pesquisas folclóricas,
principalmente musicais. Em 1928 escreveu, Ensaio
sobre música brasileira e a rapsódia Macunaíma,
herói sem caráter.
Em 1935,
fundou, juntamente com Paulo Duarte, o Departamento Municipal de Cultura de São
Paulo, órgão que exerceria larga influência na democratização da cultura e do
qual foi o primeiro diretor. No ano seguinte, Mário e Paulo Duarte elaboraram
um projeto de lei que dispunha sobre a criação do Serviço do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional, no âmbito do Ministério da Educação e Saúde. Em
1937, criou a Sociedade de Etnografia e Folclore de São Paulo; criou também os
primeiros parques infantis e a discoteca pública de São Paulo. Organizou o
Congresso de Língua Nacional Cantada, que fixou a pronúncia padrão usada no
teatro dramático e no canto do Brasil.
Transferiu-se
para o Rio de Janeiro em 1938, para dirigir o Instituto de Artes da
Universidade do Distrito Federal e ocupar a cátedra de história e filosofia da
arte. Em 1942, junto com outros intelectuais contrários ao regime ditatorial do
Estado Novo, fundou a Associação Brasileira de Escritores (ABRE), entidade que
lutou pela redemocratização do país.
De sua
vasta obra, merecem destaque, além dos trabalhos já citados, A escrava que não é Isaura (1925), Amar, verbo intransitivo, (1927), Cultura musical (1936), Pequena história da música (1942) e O movimento modernista (1942).
Faleceu em São Paulo, em 1945.
Colaboradores Alunos do curso de
Pedagogia UEPG
Colaboradores Alunos do curso de
Pedagogia UEPG
Maria Isabel Moura Nascimento
Fonte:
: http://www.cpdoc.fgv.br/comum/htm/
Data do Documento: 22/04/2004