José
Oswald de Souza Andrade nasceu em São Paulo, em 1890. Jornalista e advogado,
fundou a revista O Pirralho, em 1911, bacharelando-se pela Faculdade de
Direito de São Paulo em 1919. Mais tarde, trabalhou para o Diário Popular,
Correio Paulistano, Correio da Manhã, O Estado de São Paulo.
Participou
ativamente da Semana de Arte Moderna de 1922, da qual foi um dos organizadores.
Amigo de Mário de Andrade, formou com ele a dupla de maior expressão do
movimento modernista. Posteriormente a 1922, desencadeou dois movimentos, o
Pau-Brasil (1924/25) e o da Antropofagia (1928). O primeiro, utilizando
elementos da vanguarda francesa, pregava a criação de uma poesia primitiva e
nacionalista, fruto da união de uma cultura nativa com uma cultura intelectualizada.
Sua proposta é a de unir a floresta e a escola. O segundo movimento questionava
a estrutura política, econômica e cultural do país, entendida como uma herança
deixada pela colonizador. Em maio de 1928, colocou em circulação o primeiro
número da Revista de Antropofagia, primeira dentição.
Entre
1922 e 1934, publicou a Trilogia do exílio formada pelos romances Os
condenados (1922), Estrela de absinto (1927) e A escada vermelha
(1934). Paralelamente à sua intensa atividade literária, envolveu-se com o
clima de radicalização política dominante no país após a Revolução de 1930,
tendo ingressado no início da década no Partido Comunista Brasileiro, então
Partido Comunista do Brasil (PCB). Nesse período, escreveu três peças de
teatro: O homem e o cavalo (1934), A morta e O rei da vela
(1937).
Adversário
do integralismo, do nazi-facismo e da ditadura do Estado Novo (1937-1945), em
1940, através de uma carta-desafio, lançou-se candidato à Academia Brasileira
de Letras (ABL), não sendo, contudo, eleito. Em 1945 participou do I Congresso
Brasileiro de Escritores, rompendo com o PCB. Naquele mesmo ano obteve a
livre-docência de literatura brasileira na cadeira de literatura brasileira na
USP com a tese A crise da filosofia messiânica.
Faleceu
em São Paulo em 1954.
Além das
já citadas, devem ser mencionadas as seguintes obras de sua autoria: Pau-Brasil
(1925), Memórias sentimentais de João Miramar (1927), Manifesto
Antropofágico (1928), Serafim Ponte Grande (1933), A revolução
melancólica (1943), Ponta de lança, A Arcádia e a Inconfidência
(1945) Chão (1946) e Sob as ordens de mamãe (1954).
Fonte:
: http://www.cpdoc.fgv.br/comum/htm/
Maria Isabel Moura Nascimento
Data do Documento: 22/04/2004