voltar

PAULO FREIRE

 

Nasceu em Recife (PE) em 19 de setembro de 1921. Formou-se em Direito em 1946 desistindo logo em seguida do exercício da profissão. Em 1947, ingressou no Sesi como diretor de Educação e Cultura, instituição na qual começaria a desenvolver as bases do famoso "Método Paulo Freire". Participou da criação do Movimento de Cultura Popular (MCP) do Recife, em 1960, impulsionado pelo prefeito Miguel Arraes e em 1962 assumiu a direção do Serviço de Extensão da Universidade de Pernambuco. O trabalho com a educação de adultos analfabetos marcou sua trajetória de educador. Em 1963 começa a ser conhecido no país o seu método de alfabetização, entendida não apenas como domínio das técnicas de leitura e escrita, mas como aquisição da capacidade de "leitura do mundo", de desenvolvimento da consciência crítica. Em março de 1964, assumiu a coordenação do Programa Nacional de Alfabetização do Ministério da Educação. Com o golpe militar, foi preso e depois se auto-exilou na Bolívia, Chile, Estados Unidos e Suíça, retornando ao Brasil em 1979. Lecionou na PUC, Unicamp e USP. Foi Secretário Municipal de Educação de São Paulo na gestão da prefeita Luiza Erundina (PT). É autor de diversas publicações, entre elas, a Pedagogia do Oprimido. Reconhecido internacionalmente, é doutor honoris causa em cerca de trinta universidades brasileiras, americanas e européias.

Paulo Freire dizia que os privilégios das classes dominantes impediam a maioria de usufruir os bens produzidos pela sociedade. Para ele, a modificação desse quadro, deveria partir dos próprios oprimidos, depois de um trabalho de conscientização e politização. Criticava a educação verbalista, autoritária e feita de cima para baixo, que chamava de "educação bancária". A educação, segundo Freire, deveria passar necessariamente pelo reconhecimento da identidade cultural do aluno, sendo o diálogo a base do seu método. O conteúdo deveria estar de acordo com a realidade cultural do educando, e a qualidade da educação, medida pelo potencial de transformação do mundo. Participou ativamente do Movimento de Cultura Popular (MCP) do Recife, foi preso e exilado depois do golpe militar de 1964. Em 1970, junto a outros brasileiros exilados na Suíça, criou o Instituto de Ação Cultural (IDAC), que assessora movimentos populares em vários países. Retornando do exílio, Freire ocupou cargos em universidades e assumiu a Secretaria de Educação da cidade de São Paulo, na gestão Luiza Erundina (1989-1992). Entre suas obras, destacam-se "Pedagogia do oprimido", "Pedagogia da esperança", "Ação cultural para liberdade" e "Educação como pratica da liberdade".

 

Fonte: Fontes de Educação: Guia para Jornalistas. Fórum Mídia & Educação,2001

Fonte: Fontes de Educação: Guia para Jornalistas. Fórum Mídia & Educação,2001

Coordenaçãoe Edição: Denise Carreira

Textos: Adriano Quadrado, Denise Carreira e Iracema Nascimento

Maria Isabel Moura Nascimento. GT: Campos Gerais-UEPG

HISTEDBR (1986 - 2006) - Faculdade de Educação - UNICAMP - Todos os Direitos Reservados aos Autores | Desenvolvimento: Fóton