Pitágoras (582a.C - 497a.C)
nasceu na ilha de Samos, no mar Egeu, e é provável
que tenha viajado pela Ásia Menor e pelo Egito, como fizeram muitos filósofos
gregos. Supõe-se também que tenha sido aluno de Tales. Há registro, porém, de
que se mudou para o sul da Itália com cerca de 50 anos de idade. Na época, essa
região era parte do mundo grego, e ali Pitágoras fundaria um núcleo de estudos.
Assim que ele morreu, os adeptos de Pitágoras proclamaram seus dons
sobrenaturais. "Há três espécies de sêres
racionais", declaravam, "os homens, os deuses e os que se parecem com
Pitágoras." Como muitos sábios da Antigüidade clássica, Pitágoras tem seu
perfil traçado em obras que atravessaram os séculos. Traduzidos, censurados ou
rescritos por gerações de escribas, cronistas e historiadores, esses livros
provavelmente não seriam reconhecidos por seus primitivos autores. Entretanto,
eles permitem estabelecer com segurança a existência de alguns homens como
Aristóteles e Hipócrates. O mesmo não acontece com outros, que os próprios
antigos não saberiam separar da lenda. É o caso de Pitágoras, um personagem que
os autores modernos mencionam com grande cautela, para evitar deslizes mais
sérios. Os dados biográficos disponíveis são freqüentemente contraditórios, quando
não nitidamente fantasiosos. E de um modo geral, não merecem confiança. Certos
textos, por exemplo, falam de seu amor pelos passarinhos e de sua moral
inatacável, sem esquecer uma infância feliz, toda ela passada entre os maiores
filósofos da época, em estudos árduos e profundos, a revelar "uma
precocidade realmente extraordinária". Isso tudo exige muito da imaginação
do leitor. Porém, se Pitágoras existiu, deve ter nascido por volta do século VI
a.C. O que certamente existiu foi a escola filosófica chamada pitagórica, sobre a qual os cronistas estão
de acordo. Aristóteles, por exemplo, nunca cita Pitágoras, só conhece os pitagóricos. Devido aos costumes dessa escola (diz-se que
seus integrantes não se conheciam uns aos outros, pois se reuniam encapuzados),
é difícil especificar o papel desempenhado por esta ou aquela figura na
elaboração da doutrina, principalmente quanto à sua origem. Parece que os
primeiros pitagóricos foram responsáveis pelo
conceito de esfericidade da Terra, mas não se pode atribuir a ninguém em
especial a autoria da afirmação. No terreno científico, o pitagorismo
centralizou seus esforços na matemática. No campo da "física", isto
é, da interpretação material do mundo, a originalidade da escola consistiu na
importância dada às oposições, em número de dez, cinco das quais de
natureza matemática: limitado-ilimitado; par-ímpar; uno-múltiplo;
reto-curvo; quadrado-heteromorfo. Essa visão do
mundo, regido por tais oposições, deu aos pitagóricos
uma nova característica filosófica: o pluralismo, contraposto ao monismo que
via os acontecimentos da natureza como manifestações de um único fenômeno, o
movimento. Para os pitagóricos, o número era o modelo
das coisas. Isso levou Aristóteles a dizer mais tarde que para eles os números
eram os elementos constitutivos da matéria. Segundo alguns, esse
"atomismo" matemático constitui o prenúncio da escola de Abdera, que estabeleceu, na pessoa de Demócrito, o conceito
de atomismo físico.
(582a.C - 497a.C)
BIBLIOGRAFIA:
Ciência Ilustrada, Abril S.A.Cultural e Industrial.
Os Cientistas, Abril S.A.Cultural e Industrial.
Biografias, Gerson Ferracini,
Editora Scipione.
Física, Beatriz Alvarenga e Antônio Máximo, Editora Scipione.
O Mundo da Eletricidade, Ottaviano de Fiore, Eletropaulo.
Fonte: www.saladefisica.cjb.net
Maria Isabel Moura
Nascimento. GT Campos Gerais-PR-Universidade Estadual
de Ponat Grossa-UEPG
Estadual
de Ponat Grossa-UEPG