São João
Crisóstomo[1]
nasceu na Antioquia e viveu de
344 a 405 (ou 407). Tinha inclinações para asceta, diretor de consciências e
pregador de massa. Porém, não tinha senso político e era intransigente nos seus
princípios. Ele figura entre os quatro grandes Padres do Oriente. Deixou uma
grande obra escrita que se divide em três classes: homilias; tratados e cartas.
As homilias se dividem em homilias sobre o Antigo Testamento, sobre o Novo
Testamento e homilias dogmáticas e polêmicas. A citação, no caso, é das
homilias do Novo Testamento, sobre o Evangelho de São João. Como pregador,
muitas vezes tomava a defesa dos pobres que estavam padecendo necessidade:
“nunca pactuou com o escândalo da riqueza e do luxo que se expõem aos olhos dos
pobres”. Erguendo a voz contra a opressão dos ricos, o luxo e a cobiça,
lembrando os limites da propriedade e a dignidade do homem. Reagindo, também,
contra a escravidão e a sua alienação. Quando assumiu o episcopado de
Constantinopla, S. João Crisóstomo, segundo Hamman, “Despojou a casa episcopal do luxo acumulado por
seu predecessor, acabou com as recepções suntuosas, levando uma vida frugal”.
Além disso, corrigiu abusos clericais e monacais, instituiu hospitais e asilos
e empreendeu evangelização na zona agrícola.
HAMMAN, Adalbert-G. Para ler os Padres da Igreja. (Trad.)
Benôni Lemos. São Paulo: Paulus,
1995. p. 128