BOÇAL[1]
Além dos principais livros de teologia
moral que circularam no Brasil Colonial, escritos por Antonio Vieira, Jorge
Benci e Antonil, o próprio texto das Constituições Primeiras do Arcebispado
da Bahia nomeia os negros como ‘rudes’ e boçais’. A palavra boçal vem do Italiano ‘abbozzado’ - esboçado (de bozza, que significa desenho tosco,
esboço). Aquele que não fala ainda a língua do país em que se acha; dizia-se,
propriamente dos pretos que vinham da Costa da África por oposição aos
‘ladinos’ ou nascidos no país; significa também: rude, noviço, ainda não
ensinado, ignorante
Referência:
Diccionário Encyclopédico ou Novo
Dicionário da Lingua Portuguesa. Lisboa: Francisco Arthur da Silva, 1874.