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Bonapartismo[1]

 

É a denominação dada a uma forma política e de governo que se desenvolve em sociedades em que a burguesia já tem força suficiente para dominar a economia (mediante as relações capitalistas de produção), mas ainda não o suficiente para adaptar as instituições, produzir uma ideologia e impor sua hegemonia.

Os governos de Napoleão Bonaparte III na França e de Bismarck na Alemanha são os exemplos históricos mais acabados de bonapartismo (de onde seu nome). Ambos eram sucedâneos de monarquias absolutistas através de revoluções burguesas incompletas, que criaram formas políticas despóticas ou autoritárias em lugar de instituições burguesas liberais.

Na história brasileira o conceito de bonapartismo pode ser útil na interpretação de alguns períodos, tais como, o primeiro período Vargas ou o governo Collor. 

 

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Tanto na Áustria como na Prússia a moderna grande burguesia tinha, de fato, a oportunidade de "rapidamente colocar sob seu jugo" a monarquia "por meio da dívida nacional", mas ela não se valeu desta oportunidade em qualquer dos casos. (...) Essa burguesia não quer governar. (Engels. The Peasant War in Germany, Prefácio 1874)

 

Todas as classes dominantes da Alemanha, tanto os Junkers como os burgueses, haviam perdido suas energias a tal ponto que ser sem-caráter tornou-se tão generalizado na Alemanha 'educada', que o único dentre eles que ainda ostentava força de vontade, tornou-se por isso só seu maior expoente - e tirano, segundo cuja música dançavam até mesmo contra seu melhor juízo e natureza.

 

... Bismarck realizou os anseios da burguesia alemã contra sua própria vontade. (...) A Prússia tornou a ser uma Grande Potência, e não mais a 'quinta roda' do carro da Europa. A realização das aspirações nacionais da burguesia ia de vento em popa, mas o método escolhido não foi o método liberal burguês. ... Bismarck executava seu programa nacional com uma velocidade e precisão que os enchia de espanto. (Engels. The role of force in history, 1888).

 

 

Bibliografia

 

ENGELS, Friedrich (1888) The rôle of force in history. Lawrence and Wishart, London, 1968

DEÁK, Csaba (1991) "Acumulação entravada no Brasil" Espaço & Debates 32:32-46 esp. in fine (von Bismarck Collor de Mello?)

Fonte: http://www.usp.br/fau/docentes/depprojeto/c_deak/CD/4verb/ideolog/index.html

 

 




Bismarck governou a Ptússia, depois a Alemanha (1870-) com "mão de ferro" de 1862 a 1890.



[1] Verbete organizado por Maria Isabel Moura Nascimento. GT; Campos Gerais-PR-Universidade Estadual de Ponta Grossa-UEPG


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