Concepção pedagógica nova ou
moderna[1]
Contrapondo-se à concepção tradicional, a
concepção pedagógica renovadora se ancora numa visão filosófica baseada na
existência, na vida, na atividade. Não se trata mais de encarar a existência
humana como mera atualização das potencialidades contidas na essência. A
natureza humana é considerada mutável, determinada pela
existência. Na visão tradicional o privilégio era do adulto, considerado
o homem acabado, completo, por oposição à criança, ser
imaturo, incompleto. Na visão moderna, sendo o homem
considerado completo desde o nascimento e inacabado até morrer, o adulto
não pode se constituir como modelo, razão pela qual a educação passa a
centrar-se na criança. Do ponto de vista pedagógico o eixo se deslocou do
intelecto para as vivências; do lógico para o psicológico; dos conteúdos para
os métodos; do professor para o aluno; do esforço para o interesse; da
disciplina para a espontaneidade; da direção do professor para a iniciativa do
aluno; da quantidade para a qualidade; de uma pedagogia de inspiração
filosófica centrada na ciência da lógica para uma pedagogia de inspiração
experimental baseada na biologia e na psicologia. Se
bem que a concepção pedagógica renovada tenha se originado de diferentes
correntes filosóficas como o vitalismo, historicismo, existencialismo,
fenomenologia, pragmatismo e assumido características
variadas, sua manifestação mais difundida é conhecida sob o nome de
escolanovismo.