Concepção pedagógica produtivista[1]
A concepção pedagógica produtivista postula que a educação é um bem de
produção e não apenas um bem de consumo. Tem, pois, importância decisiva no
processo de desenvolvimento econômico. As análises que serviram de base a essa
concepção foram sistematizadas principalmente na “teoria do capital humano”,
cuja base filosófica se expressa pelo positivismo na versão
estrutural-funcionalista. A referida concepção se desenvolveu a partir das
décadas de 1950 e 1960, tornando-se orientação oficial no Brasil sob a forma da
pedagogia tecnicista. E, mesmo com o refluxo do tecnicismo a partir do final
dos anos 1980, permaneceu como hegemônica assumindo novas nuances, inclusive
quando, na década de 1990, a organização do ensino tendeu a se pautar
dominantemente pelo cognitivismo construtivista. O caráter produtivista dessa
concepção pedagógica tem uma dupla face: a externa, que destaca a importância
da educação no processo de produção econômica e a interna, que visa dotar a
escola do máximo de produtividade maximizando os investimentos nela realizados
pela adoção do princípio da busca constante do máximo de
resultados com o mínimo de dispêndio.