Departamento
Nacional de Propaganda – DNP[1]
O Departamento Nacional de
Propaganda foi criado em 1938, especificamente para difundir as políticas
varguistas e sua ideologia no seio da classe operária. O DNP originou-se do
Departamento de Propaganda e Difusão Cultural – DPDC (1934). Esse órgão atuava
perante a imprensa oficial e era o responsável pelo rádio, cinema entre outros.
Em 1938, o DPDC foi reorganizado e criado o DNP, dirigido por Lourival Fontes.
O DNP assumiu diversas funções como: editar a “Hora do Brasil”; realizar a
personalização da propaganda; fazer a abertura da Sessão de Cinema (que tinha
como objetivo divulgar aspectos positivos do Brasil no estrangeiro e no
interior do país); criação da Sessão de Turismo (com o propósito de receber
visitantes brasileiros, editar cartazes e folhetos sobre o país). Mas sua
função principal era a de realizar a educação cívica. O DNP era destinado à formação
educativa dos operários. Era uma espécie de manual pedagógico, elaborado pelos
intelectuais do governo Vargas e ministrado pelos líderes do movimento sindical
dos trabalhadores conformados com a política estadonovista. O operário deveria
ser instruído, dentro e fora de seu local de trabalho, para viver
incondicionalmente para o trabalho.
Os discursos do presidente Getúlio Vargas
foram todos publicados e organizados nas cartilhas do Departamento Nacional de
Propaganda. A coleção se intitulava Nova Política do Brasil e era
destinada às instituições
classistas para a formação do pensamento uniforme sobre a construção da nova
política brasileira em desenvolvimento com o advento do Estado Novo.
Referências Bibliográficas sobre a criação e utilização do DNP pelo Estado
Novo: (ARAÚJO, 1998); (CAMPOS,1938); (CAPELATO,1988); (CARONE, s/d);
(CARONE,1979); (CUNHA, 1989); (D’ARAÚJO, 1986); (Gomes, 1997).