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Escola Evangélica de Carambeí [1]

 

Denominações posteriores: Escola Carambeí- Pilatus

 

Trata-se de uma Instituição Educacional da Imigração Holandesa na Região dos Campos Gerais do ParanᨠO nome inicial da Escola era “Pilatus”, por referência a uma localidade da região que tinha esse nome. Ainda hoje temos uma chácara no local com essa denominação. A primeira escola Holandesa na região foi Carambeí-Pilatus, fundada na década de 1930, de caráter particular, e era um pequeno galpão de madeira, com carteiras simples e um armário. Essa escola possuía uma sala sendo as aulas ministradas pelas professoras Geralda Harms e Thereza Seifath.

 

                          SALA DE AULA – DECADA DE 1930

             

                    

FONTE: reprodução de foto do Museu de Carambei. Carambeí. 2006.

 

A foto de 1938 permite identificar a professora Geralda Harms e seus alunos atras da escola. Os alunos usavam como uniforme: guarda-pó e boné branco.

Em 1947 ocorreu a construção do novo prédio para sediar a escola Carambeí – Pilatus, devido ao espaço tornar-se pequeno com o aumento dos alunos. Já em 1948, passaram a funcionar as 4 primeiras séries e mais a 5 ª série para quem ia continuar estudando na cidade. Esta escola funcionava onde hoje é a Policlínica e a farmácia Batavo. De 1945 a 1963 funcionou outra escola denominada ¨Escola de Pilatus¨, que era mantida pela Prefeitura e localizava-se no lugar chamado Pilatus, de caráter multisseriado teve como primeiras professoras: Maria Harms, Éster Scheleski, Relindes Bormann e Griselda Shmidkt. Em 1963 o governador do Estado do Paraná, usando da atribuição que lhe conferia a Constituição Estadual e em atendimento ao Protocolizado N º 3507/63 decreto: ¨Artigo 1 – fica criado o Grupo Escolar ¨Júlia Wanderley¨ de Carambeí, município de Castro  [...]Curitiba, em 05 de abril de 1963, 142 º da Independência e 75 º da República.Com a criação da nova escola os alunos tanto da ¨Escola Carambeí- Pilatus¨ como os da ¨Escola Pilatus¨ passaram a estudar no Grupo Escolar Júlia Wanderley de Carambeí, que ¨[...] foi criado pelo Decreto N º 11343, de abril de 1963, do Exmo Sr. Ney Braga, Governador do Estado do Paraná. [...] este grupo começou a funcionar sendo responsável pela direção a Professora Tonia Johanna Harms.

Neste mesmo ano só haviam 04 professoras nomeadas pelo Governo do Estado para 216 alunos, porém, em maio foram removidos mais três professores para este Grupo Escolar, sendo que em junho estava funcionando com 07 professores para 222 alunos.

O Grupo Escolar Julia Wanderley foi inaugurado no dia 29 de junho de 1963, numa solenidade que contou com a presença de autoridades, professores e alunos do estabelecimento.[...]¨.

A Escola Evangélica de Castrolanda foi inaugurada em 1984. Porém, desde 1952 a localidade conta com uma Casa Escolar lecionando aulas nos dois idiomas, português e holandês, esta atualmente é conhecida pelo nome de Escola Prins willen Alexander. Castrolanda pertence ao Município de Castro, uma cidade histórica dos Campos Gerais, que nasceu de um pouso de tropeiros no antigo caminho Viamao para Sorocaba. A população é formada por imigrantes e descendentes de várias etnias: alemães, italianos, poloneses, holandeses, japoneses, etc. Uma leva de holandeses se estabeleceu no Paraná, às margens do Rio Iapó, região dos Campos Gerais, em 1951, devido um cenário de incertezas e falta de terras disponíveis na Europa, logo após a Segunda Guerra. Nesse mesmo ano, inicialmente em uma área original de 5.000 hectares, riqueza impensável na Holanda, nasceram a Colônia e a Cooperativa Agropecuária Castrolanda, união do nome do município de Castro ao País de origem.Vencidas as dificuldades iniciais de adaptação à nova terra e língua, como doenças desconhecidas no gado e a falta de assistência técnica, a Colônia se desenvolveu, estruturou-se e assumiu seu papel de pólo difusor de cooperativismo, tecnologia e alta produtividade agropecuária.Os imigrantes sempre estiveram preocupados com a educação e criaram algumas escolas como a de Arapoti Escola Colônia Holandesa Ensino 1e Grau (BaO) a de Carambeí Escola Evangélica de Carambeí (BaO), que é objeto de pesquisa em questão e a de Castrolanda Escola Evangélica da Comunidade de Castrolanda (BaO). Isso não deixou ausente do processo econômico-social a questão da educação em Carambeí que se iniciou numa casa de colono, a qual no domingo, servia de igreja, e, no decorrer da semana, de escola. O Distrito de Carambeí no município de Castro, em função da religiosidade da imigração e/ou reimigração holandesa nessa região paranaense, conta em sua comunidade local não só com a contribuição do ensino municipal estadual mas, também com a do particular.A educação particular em Carambeí tem como Entidade Mantenedora a Igreja Evangélica Reformada de Carambeí, cuja associação tem por objetivo aceitar alunos, sem distinção de credo religioso, etnia ou partido político no sentido de propagar entre os estudantes o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.A Escola Evangélica de Carambeí iniciou suas atividades em 1979, no período vespertino, no prédio da Escola Júlia Wanderley. A Associação Evangélica de Carambeí foi formada, inicialmente, por 80 famílias que contribuíram com dinheiro necessário para a construção das instalações físicas do prédio da escola e compra dos móveis.O terreno para construção do prédio próprio foi comprado de Gilberto Voorsluys por meio de duas fontes de financiamento: dinheiro procedente da Holanda e dos pais dos alunos. Esta escola começou a funcionar em 1980, sendo inaugurada em 1981. No ato da inauguração estavam presentes os senhores: Dr. Ronie Cardoso, Prefeito Municipal de Castro, Dr. Manoel Pimpão de Almeida, representando a Secretaria de Educação, muitos pais e alunos. A escola iniciou com 350 alunos, contando com o Jardim de Infância, Pré-escola e as 08 séries do 1 º Grau. O sistema de ensino da Escola Evangélica de Carambeí foi fundamentado na Lei Federal da Educação Brasileira 5692/71 e no Parecer do Estado N º 228/80, sendo homologado pela Resolução Estadual N º 424/81 de 13 de março. O aprendizado desenvolvido pela Escola Evangélica de Carambeí formou o patrimônio coletivo local, por meio da relação do indivíduo com o seu grupo e o seu meio ambiente, propiciando a formação do cidadão consciente, por meio da herança cultural recebida dos antepassados holandeses e brasileiros, pois toda manifestação humana tem uma substancia e expressão podendo ser identificada como patrimônio educacional.Dada a importância de Carambeí no contexto da educação brasileira pretende-se investigar a Escola Evangélica que apesar de ser confecional vem atendendo alunos de vários credos religiosos, portanto a partir da linha de pesquisa História e Políticas Educacionais intenciona-se verificar como a escola trabalha as políticas públicas da educação brasileira, pois a educação – instrumento de modernização – constitui fator preponderante para a diminuição das ¨disparidades¨ sociais. Não se tem ainda conhecimento de inauguração dessa escola nesse período, nem mesmo de documentos sobre o seu funcionamento, suas atividades começam a ser documentadas apenas a partir de 1963, quando o “Grupo Escolar Julia Wanderley” cedeu algumas salas para o funcionamento da mesma, que foram utilizadas ate o ano de 1979.A partir dessa data a escola passou a funcionar com o nome “Escola Evangélica de Carambeí”, mantida pela Igreja Evangélica de Carambeí em prédio amplo e próprio, com as devidas autorizações de funcionamento, e divulgada em Diário Oficial.

 

ESCOLA EVANGELICA DE CARAMBEI – DECADA DE 1980

    

FONTE: reprodução do album da Escola Evangélica de Carambei. Carambeí. 2006.

 

 

Fonte: CORDEIRO, S. V. A. L. & WOISKI, R. Memória histórica das escolas de Carambeí e análise do Ciclo Básico de Alfabetização: um estudo de caso 1911 – 1998. (monografia de final de curso – Licenciatura em História, 1999).

 



[1] Verbete elaborado por Sonia V. Ap. Lima Cordeiro e Profa.Dra Maria Isabel Moura Nascimento

 

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