Os Estados absolutistas, ou
monarquias absolutistas, são como que culs-de-sac históricos na transição do
feudalismo ao capitalismo. A dissolução do feudalismo ia de par com o
fortalecimento da burguesia e da economia das cidades, mas somente no noroeste
da Europa e, em escala nacional, somente na Inglaterra e na Holanda é que
adquiriram força suficiente para transformar as instituições feudais através de
uma revolução (burguesa): 1640-60 na Inglaterra, em meio às lutas de independência
da Espanha, na Holanda. Nos demais países, notadamente a Espanha, França,
Prússia e Áustria, suas sociedades se apegavam ferrenhamente às instituições
feudais e aos privilégios da nobreza, abrindo gradualmente um fosso sempre
crescente entre as condições econômicas de produção e o arcabouço institucional
sempre mais incapaz de servir de suporte às primeiras. Os estados absolutistas
caíram finalmente de podre um século e meio (1789-98), no caso da França, ou
dois séculos mais tarde (1848-9), nos demais países europeus -- exceto Espanha/
Portugal e o Leste europeu, que deixaram suas revoluções
burguesas para o século XX -- e suas sociedades iam ìmplantando,
com graus varáveis de entusiasmo e velocidade, em um processo que por vezes
tomava a forma de bonapartismo, as instituições
burguesas, e tomando finalmente o rumo do desenvolvimento capitalista.
ANDERSON, Perry (1895) (1977) Lineages of the
absolutist State NLB,
MORTON, A L (1938)
Fonte: http://www.usp.br/fau/docentes/depprojeto/c_deak/CD/4verb/ideolog/index.html
[1] Elaborado por Maria Isabel Moura Nascimento. GT
Campos Gerais-PR-Universidade Estadual de Ponta Grossa-UEPG