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Globalização[1]

 

          Modo de produção, periodização, estágios de desenvolvimento histórico, crises e muitos mais conceitos utilizados pela Economia Política tornaram-se categorias esquecidas, e seu lugar foi sendo ocupado por pseudo-conceitos. G é uma figura (ou pseudo-conceito) criada pela retórica neoliberal para apresentar como tendência (ineluctável) as propostas do neoliberalismo em resposta à crise atual do capitalismo  estruturadas em torno dos pilares da privatização, do desmonte do Estado de Bem Estar  e a desqualificação do Estado e do próprio âmbito coletivo em prol do âmbito individual.

         É um neologismo que participa do ideário neoliberal, de cunho a-histórico, que procura substituir expressões como mercado mundial, imperialismo ou capitalismo contemporâneo que remetem a uma visão histórica do capitalismo e de seus estágios de desenvolvimento.

No campo do urbanismo, G encontra uma multidão de formas 'aplicadas' de larga divulgação (Castells, Sassen) e 'conceitos'  derivados, tais como, network cities, 'cidades globais', 'planejamento estratégico', operações urbanas, 'novos atores', 'novas centralidades (sic)' ou 'edifícios inteligentes'.

         No Brasil, adicionalmente, o termo G abarca a exacerbação de medidas de cunho entreguista, ou desnacionalizante, precípuas da condução das políticas econômicas próprias à acumulação entravada. 

 

Referências

Deák, Csaba (1994) Globalization or global crisis?. Versão port, revisada Deák (2001) "Globalização ou crise global?" Anais, ENA-Anpur.

Nogueira Batista Jr, Paulo (2003) "Mitos da globalização" Estudos Avançados

Fonte: http://www.usp.br/fau/docentes/depprojeto/c_deak/CD/4verb/ideolog/index.html

 

Brueghel Torre de Babel

 

Globalização, cca. 3000 a.c.

O mundo, desde 1492

 



[1] Organizado por Maria Isabel Moura Nascimento. GT; Campos Gerais-PR-Universidade Estadual de Ponta Grossa-UEPG

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