Os
jesuítas foram fundados no seguimento da reforma Católica, também chamada
Contra-Reforma. Foi um movimento reaccionário à
Reforma Protestante, cujas doutrinas se tornavam cada vez mais conhecidas
através da Europa, em parte graças à recente invenção
da imprensa. Os Jesuítas pregaram a obediência total às escrituras e à doutrina
da igreja, tendo Inácio de Loyola declarado: "Eu acredito que o
branco que eu vejo é negro, se a hierarquia da igreja assim o tiver determinado"
Missionário
jesuíta ibérico do século XVII
Uma
das principais ferramentas dos Jesuítas era o retiro espiritual de Inácio.
Neste, várias pessoas reuniam-se sob a orientação de um padre durante uma
semana ou mais, permanecendo em silêncio enquanto ouviam a palestras e submetiam-se a exercícios para se tornarem pessoas melhores.
Também
pregaram que as decorações e a ostentação em geral nas cerimónias
do catolicismo (desprezadas pelos Luteranos) deviam ser acentuadas e
abundantemente financiadas.
Os
jesuítas conseguiram obter grande influência na sociedade nos períodos iniciais
da idade moderna (séculos XVI e XVII) porque foram por muitas vezes os
educadores e confessores dos reis dessa altura (Ver D. Sebastião de Portugal,
por exemplo). Os jesuítas foram uma força líder da Contra-Reforma, em parte
devido à sua estrutura relativamente livre (sem os requerimentos da vida entre
a comunidade, nem do ofício sagrado), o que lhes permitiu uma certa
flexibilidade operacional. Em cidades alemãs, por exemplo, os jesuítas tiveram um papel batalhador, contribuindo para a repressão de quaisquer
revoltas inspiradas pela doutrina de Martinho Lutero (Ver Munique ou Bona, por exemplo, cidades que apesar de iniciais simpatias
por Lutero, permaneceram um bastião católico, em
grande parte pelo empenho de jesuítas).
Fonte http://pt.wikipedia.org/wiki/Jesu%C3%ADtas#Obra_inicial