A estética barroca expressou-se no Brasil Colonial
mediante linguagens artísticas, as mais diversas, mantendo, porém, uma
unicidade que a torna facilmente reconhecível.
Dentre as formas de linguagem, a arquitetura barroca foi das expressões
mais importantes, uma vez que subordinou a si outras formas plásticas como a
pintura e a escultura. Tanto as categorias formais quanto as psicológicas do
Barroco refletem aspectos mentais e sentimentos do homem da época colonial e
influenciaram aquelas pessoas, como linguagem informante da realidade. No campo
verbal, a linguagem barroca colonial desenvolveu-se em várias vertentes,
principalmente no campo da oratória sagrada, onde não só se destinava a comover
e a persuadir, mas brotava num contexto social em que as urgências
civilizacionais decretavam que fosse empregado com propósitos imediatistas, que
se resumiam, as mais das vezes, na catequese do índio e na edificação do
colono, segundo as normas da fé católica. Diz Massaud Moisés 1983 (Ver nas
Referências Historiográficas) que o discurso barroco, através dos sermões e
comunicando-se diretamente com os espectadores, “permitia a fácil transmissão
do catecismo; facultava, mais do que o teatro, o acesso à consciência
individual e grupal, e a transfusão de doutrinas básicas”. Além dos escritos de época, as principais obras historiográficas,
essenciais à compreensão da linguagem barroca colonial, foram produzidas por
Afonso ÁVILA (1980); Manuel BANDEIRA (1942); Alfredo BOSI (1992; 1995); Laura
de Mello e SOUZA (1986); e Ronaldo VAINFAS (1986; 1989; 1996); SILVA, Vítor
Manuel de Aguiar (1979), dentre outros, como consta nas Referências Historiográficas