voltar

LINGUAGEM BARROCA COLONIAL[1]

 

A estética barroca expressou-se no Brasil Colonial mediante linguagens artísticas, as mais diversas, mantendo, porém, uma unicidade que a torna facilmente reconhecível.  Dentre as formas de linguagem, a arquitetura barroca foi das expressões mais importantes, uma vez que subordinou a si outras formas plásticas como a pintura e a escultura. Tanto as categorias formais quanto as psicológicas do Barroco refletem aspectos mentais e sentimentos do homem da época colonial e influenciaram aquelas pessoas, como linguagem informante da realidade. No campo verbal, a linguagem barroca colonial desenvolveu-se em várias vertentes, principalmente no campo da oratória sagrada, onde não só se destinava a comover e a persuadir, mas brotava num contexto social em que as urgências civilizacionais decretavam que fosse empregado com propósitos imediatistas, que se resumiam, as mais das vezes, na catequese do índio e na edificação do colono, segundo as normas da fé católica. Diz Massaud Moisés 1983 (Ver nas Referências Historiográficas) que o discurso barroco, através dos sermões e comunicando-se diretamente com os espectadores, “permitia a fácil transmissão do catecismo; facultava, mais do que o teatro, o acesso à consciência individual e grupal, e a transfusão de doutrinas básicas”. Além dos escritos de época, as principais obras historiográficas, essenciais à compreensão da linguagem barroca colonial, foram produzidas por Afonso ÁVILA (1980); Manuel BANDEIRA (1942); Alfredo BOSI (1992; 1995); Laura de Mello e SOUZA (1986); e Ronaldo VAINFAS (1986; 1989; 1996); SILVA, Vítor Manuel de Aguiar (1979), dentre outros, como consta nas Referências Historiográficas

 



[1] Verbete elaborado por Ana Palmira Bittencourt Santos Casimiro

   

HISTEDBR (1986 - 2006) - Faculdade de Educação - UNICAMP - Todos os Direitos Reservados aos Autores | Desenvolvimento: Fóton