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ENSINO MÚTUO / MÉTODO MÚTUO

MÉTODO MONITORIAL[1]

 

Para os pesquisadores em educação precisar, historicamente, sua concepção é tarefa difícil. Todavia, é consensual entre os historiadores da educação que a utilização desse método, no Brasil, quando foi recomendado para a Instrução Pública, por meio da Lei de 1827, não consistia uma novidade pedagógica. Reconhece-se que seu uso vem de longa duração e que em diferentes períodos já se praticava essa modalidade de ensino. É comum encontrarmos, nas considerações historiográficas, afirmações que judeus e gregos, na Antigüidade, já o utilizavam. Posteriormente, nomes como Comênius (1592/1670) e La Salle (1651/1718), também, o empregavam ou o aconselhavam. O principal elemento que definia e caracterizava o Método Mútuo era o uso de monitores no ensino. Em sua Didática Magna, Comênius ensina como um único professor pode ser suficiente para qualquer número de alunos fazendo uso de monitores. Os monitores eram alunos em estágios mais “avançados” de aprendizagem que ensinavam outros alunos mais novos ou em estágios menos “avançados”. Os monitores, escolhidos pelos mestres, recebiam instrução à parte. Na prática, os monitores eram responsáveis pela instrução de uma decúria, ou um grupo de 10 alunos. Em Comênius, a principal função do monitor era auxiliar o mestre no ensino, a fim de amparar seu ideal pedagógico, que estava centrado no interesse do aluno tendo a observação e o julgamento como base.

 

 

Sugestão de leitura: NEVES, Fátima Maria. O Método Lancasteriano e o Projeto de Formação disciplinar do povo (São Paulo, 1808-1889). 2003, 293f. Tese (Doutorado em História) – UNESP, Assis, 2003.



[1] Elaborados pela Profª Drª Fátima Maria Neves, do Depart.  de Fundamentos da Educação da UEM/PR.

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