Núcleos Positivistas[1]
Os núcleos positivistas espalharam-se por
diferentes Estados. No Maranhão, Estado Teixeira Mendes, teve neste seu
principal representante. No Ceará, o positivismo ganha importância a partir de
1872 liderado por Rocha Lima, Araripe Junior,
Felino Barroso e Capistrano de Abreu. Na Bahia, Justiliano da Silva Gomes,
autor da primeira tese brasileira sobre o positivismo ao defender um programa de um Curso de Fisiologia,
fundamentado na Filosofia Positivista em 1844. Em Pernambuco destacam-se Tobias
Barreto e Silvio Romero, além de outros estudiosos como Martins Junior, Aníbal
Falcão, Pereira Simões, Generino dos Santos, Antonio de Souza Pinto e Pereira
Simões. Na Paraíba, Venâncio de Figueiredo Neiva, responsável por uma série de
artigos sobre o positivismo. No Pará, em 1881, o crítico literário publicou o
opúsculo Emílio Littré. Em São Paulo, foi centro efervescência do positivismo,
tendo a Faculdade de Direito como palco
principal, exercendo influência na militância jornalística como A Luta, A
República, O Federalista, A Evolução , base de formação de importantes e
futuras lideranças como Carlos de
Mendonça, Afonso Celso Junior, Borges de Medeiros, Vicente de Carvalho e
Alberto Salles entre outros. O Centro Positivista de São Paulo constituiu-se a
partir de professores de Escola Normal, que aderiram, quando da presença de
Miguel Lemos em 1881. Sob a inspiração cientificista, o grupo acabou gerando
uma estrutura de propaganda, lançando em 1873, a Gazeta de Campinas, A
Província de São Paulo, fazendo destes veículos, instrumentos de luta em favor do anticatolicismo e da difusão das
idéias evolucionistas e positivistas. Facções deste mesmo grupo, liderados por
Pereira Barreto e Alberto Sales, foram responsáveis pela fundação do Partido
Republicano de São Paulo e 1873. Em
Minas Gerais, o movimento positivista não teve a repercussão de outros estados,
destacando-se pela fundação do jornal intitulado Ordem e Progresso. A
propaganda positivista ganhava visibilidade nos Estados de acordo com o novel
de desenvolvimento e do poder de influência da imprensa local. A expansão da
doutrina positivista não se deu somente na capital paulistana, mas difundiu-se
pelo interior em seus diversos núcleos, tendo Campinas como região de grande
destaque.
Ver LINS, Ivan. História do positivismo no
Brasil. e ALONSO, Angela. Idéias em movimento: A geração 1870 na crise
do Brasil-Império. pp.
152-155. Para uma leitura mais completa indicamos uma leitura atenciosa de
LINS, Ivan. História do positivismo no Brasil.