voltar

O PROGRESSO[1]

 

Revista pernambucana, que circulou entre 12 de julho de 1846 a setembro de 1848, foi fundada por Antonio Pedro de Figueiredo, tendo por colaboradores os engenheiros franceses Louis Léger Vauthier e Henrique Milet e os professores do Lyceu Provincial, depois Ginásio Pernambucano, os jornalistas José Soares de Azevedo, também crítico literário, Maciel Monteiro e Antonio Rangel Torres Bandeira. Seus artigos eram divididos nas seguintes seções: Filosofia, Ciências Sociais e Políticas, História e Literatura, Política, Ciências Físico-Matemáticas, Poesias, Crítica Bibliográfica e Literária, Polêmica e Miscelâneas. Embora fosse uma revista “eclética” em vista da variedade de assuntos tinha um propósito bem definido: instruir as massas para a necessidade do progresso social no Brasil e ao mesmo tempo combater a Praia, grupamento político ligado aos liberais, por entender que seus componentes não estavam à altura de oferecer um projeto modernizador ao país. Segundo os estudiosos que lhe dedicaram atenção, o verdadeiro espírito da revista foi mesmo Antonio Pedro de Figueiredo que procurou elevar a revista “à altura dos tempos novos”, no dizer de Lara (1968, p.68:70) se impondo enquanto um “apelo para que todos se beneficiem das luzes e inspirações que vêm da Europa”. Para seu estudo é oportuna a consulta a edição patrocinada pelo governo de Pernambucano e publicada para comemorar os cem anos da Revolução Praieira. Os estudos mais abrangentes sobre a revista foram produzidos por Tiago Adão LARA (1968), Izabel Andrade MARSON (1974:1986), Amaro QUINTAS (1967) e Aloísio Franco MOREIRA (1986).

 



[1] Verbete elaborado por Marcília Rosa Periotto

 

HISTEDBR (1986 - 2006) - Faculdade de Educação - UNICAMP - Todos os Direitos Reservados aos Autores | Desenvolvimento: Fóton