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ORATORIANOS[1]

 

A Congregação do Oratório chegou a Portugal, em 1640, após a restauração da independência e a dissolução da União Ibérica (1580-1640). Dela fez parte Luís Antonio Vernei (1713-1792) autor de O Verdadeiro Método de Estudar, publicado inicialmente em 1746, na cidade de Nápoles. A Congregação de São Felipe de Néri, formada por padres seculares, foi responsável pela introdução em Portugal de experimentações científicas, depois de o terem feito por toda Europa católica. Pelas mãos de D. João V, que durante seu  longo reinado (1707- 1750) incentivou a criação de várias academias, os oratorianos, receberam o convento de Nossa Senhora das Necessidades, com o compromisso da criação de aulas de doutrina cristã, retórica, gramática, filosofia moral e teologia. Dispunham de uma biblioteca nesse convento com mais de trinta mil volumes e um laboratório para experiências científicas destinado ao curso de física que ministravam e que era freqüentado por membros da nobreza portuguesa. Os oratorianos foram os oponentes dos jesuítas no campo da pedagogia. Promoveram as ciências naturais, levando para Portugal o pensamento de Francis Bacon, Descartes, Gassendi, Locke e Antonio Genovesi. Defendiam a importância do estudo direto da língua, da gramática e da ortografia portuguesa sem a intermediação do latim.

 

Referência bibliográfica:

MAXWELL, Kenneth. Marquês de Pombal - Paradoxo do Iluminismo. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1996. p.12-14.

 



[1] Verbete elaborado por Sônia Maria Fonseca

 

 

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