Pedagogia histórico-crítica[1]
Essa pedagogia é tributária da concepção
dialética, especificamente na versão do materialismo histórico, tendo fortes
afinidades, no que ser refere às suas bases psicológicas, com a psicologia
histórico-cultural desenvolvida pela “Escola de Vigotski”. A educação é
entendida como o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo
singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto
dos homens. Em outros termos, isso significa que a educação é entendida como
mediação no seio da prática social global. A prática social se põe, portanto,
como o ponto de partida e o ponto de chegada da prática educativa. Daí decorre
um método pedagógico que parte da prática social onde
professor e aluno se encontram igualmente inseridos, ocupando, porém,
posições distintas, condição para que travem uma relação fecunda na compreensão
e encaminhamento da solução dos problemas postos pela prática social, cabendo
aos momentos intermediários do método identificar as questões suscitadas pela
prática social (problematização), dispor os instrumentos teóricos e práticos
para a sua compreensão e solução (instrumentação) e viabilizar sua incorporação
como elementos integrantes da própria vida dos alunos (catarse).