Pedagogia libertária[1]
A educação ocupa posição central no ideário libertário e se expressa
num duplo e concomitante movimento: a crítica à educação burguesa e a
formulação da própria concepção pedagógica que se materializa na criação de
escolas autônomas e autogeridas. No
aspecto crítico denuncia-se o uso da escola como instrumento de sujeição dos
trabalhadores por parte do Estado, da Igreja e dos partidos. No aspecto
propositivo estudam-se os autores libertários extraindo deles os principais
conceitos educacionais como o de “educação integral” e “ensino racionalista”.
Mas os libertários não ficam apenas no estudo das idéias. Buscam praticá-las
por meio da criação de universidade popular, centros de estudos sociais e
escolas. Em especial as denominadas “Escolas Modernas” proliferaram após a
morte de Francisco Ferrer, inspirador do método racionalista, executado em 1909
pelo governo espanhol, pelo crime de professar idéias libertárias.