Pedagogia pombalina[1]
Corresponde à
orientação que se imprimiu ao ensino em Portugal e no Brasil com a promulgação,
em 1759, das “reformas pombalinas da instrução pública”, assim denominadas por
terem sido baixadas pelo Marquês de Pombal, então primeiro ministro do Rei de
Portugal, D. José I. Essas reformas se contrapunham ao predomínio das idéias
religiosas e, com base nas idéias laicas inspiradas no Iluminismo, instituíram
o privilégio do Estado em matéria de instrução. Tivemos, então, a influência da
pedagogia tradicional leiga, embora se deva reconhecer que o Estado português
era, ainda, regido pelo estatuto do padroado, vinculando-se estreitamente à
Igreja Católica. Nessas circunstâncias, a substituição da orientação jesuítica
se deu não exatamente por idéias formuladas por pensadores formados fora do
clima religioso, mas mediante uma nova orientação, igualmente católica,
formulada por padres de outras ordens religiosas, com destaque para os
oratorianos. A sistemática pedagógica introduzida pelas reformas pombalinas foi
a das “aulas régias”, isto é, disciplinas avulsas ministradas por um professor
nomeado e pago pela coroa portuguesa com recursos do
“subsídio literário” instituído em 1772. As “aulas régias” perduraram no Brasil
até 1834.