Pedagogia tecnicista[1]
A partir do pressuposto da neutralidade
científica e inspirada nos princípios de racionalidade, eficiência e
produtividade, a pedagogia tecnicista advogou a reordenação do processo
educativo de maneira a torná-lo objetivo e operacional. De modo semelhante ao
que ocorreu no trabalho fabril, pretendeu-se a objetivação do trabalho
pedagógico. Buscou-se, então, com base em justificativas teóricas derivadas da
corrente filosófico-psicológica do behaviorismo, planejar a educação de modo a
dotá-la de uma organização racional capaz de minimizar as interferências
subjetivas que pudessem pôr em risco sua eficiência. Se na pedagogia
tradicional a iniciativa cabia ao professor e se na pedagogia nova a iniciativa
deslocou-se para o aluno, na pedagogia tecnicista o elemento principal passou a
ser a organização racional dos meios, ocupando o professor e o aluno posição
secundária. A organização do processo converteu-se na garantia da eficiência,
compensando e corrigindo as deficiências do professor e maximizando os efeitos
de sua intervenção.