FUTEBOL E SOCIEDADE: UMA ANÁLISE HISTÓRICA

 

Heloisa Helena Baldy dos Reis

Universidade Estadual de Campinas

 

Resumo

Este artigo tem, como objetivo primordial, discutir a relação entre futebol e sociedade, buscando compreender como esse esporte tornou-se a principal atividade de lazer esportivo através da sua espetacularização, assim como qual foi a participação das instituições esportivas internacionais para tal sucesso. Para a compreensão do crescente aumento do significado social do futebol no transcurso do século XX, recorreu-se aos estudos pautados na sociologia configuracional.

 

Palavras-chave: Futebol e sociedade, futebol-espetáculo; lazer.

 

 

FÚTBOL Y SOCIEDAD: UN ANÁLISIS HISTORICA

 

Resumen

Este articulo tiene como objetivo primordial discutir la relación entre fútbol y sociedad, buscando comprender como ese deporte se transformó en la principal actividad de ocio deportivo a través de su espectacularización, así como también cuál fue la participación de las instituciones deportivas internacionales para tal suceso. Para la comprensión del creciente aumento del significado social del fútbol en el transcurso del siglo XX se recurrió a los estudios pautados en la sociología figurativa.

 

Palabras llave: fútbol y sociedad; fútbol espectáculo; ocio.

 

FOOTBALL AND SOCIETY: FIGURATIONAL ANALYSIS

 

Abstract

This paper has as its main purpose to discuss the relation between football and society, searching to understand how this sport has become the main activity of sportive leisure through the marketing of sporting events, as how was the participation of international sportive institutions for this success.  For a comprehension of the increasing growth of football social meaning along the twentieth century we search to studies based on configurational sociology.

 

Key-words: Football and society; football as a show; leisure.

 

 


Introdução

Este trabalho tem por objetivo discutir a relação entre futebol e sociedade a partir dos estudos de Norbert Elias e Eric Dunning. Utilizando como referência básica os estudos desses autores, busquei compreender como se deu o aumento do significado social do futebol, desde sua aparição como um esporte moderno até o crescente aumento do seu significado no decorrer do Século XX para povos de todo o mundo. Assim como a sua transformação no principal espetáculo de lazer do Século XX.

Elias & Dunning afirmam, em suas obras, que existe algo, na estrutura do futebol, que parece ser independente do nível de desenvolvimento de cada país e da própria estrutura social deles. Pois a expansão do futebol pelo mundo, a partir de 1850, se deu independentemente das estruturas e desenvolvimento dos Estados-nações (MURPHY et. al., 1994). Mais recentemente, em finais do século XX, o futebol chegou ao seu auge em termos de expansão pelo mundo, sendo aceito como um esporte profissional para homens nos Estados Unidos[1], na China e no Japão.

O futebol é tratado aqui como um esporte moderno, surgido na Inglaterra no Século XIX. Inicialmente, ele era praticado apenas entre cidades inglesas contíguas. Como conseqüência da Revolução Industrial surgiram as vias de transportes, assim como seus meios foram incrementados, fatos que possibilitaram a realização de jogos entre cidades mais distantes. 

Se, por um lado, a conquista do futebol por adeptos em outros países não teve uma relação dependente do nível de desenvolvimento dos diferentes países, sua esportivização na Inglaterra teve uma grande relação com as mudanças sócio-políticas que vinham ocorrendo no país desde os finais do Século XVI. Os anos intermediários entre os Séculos XVI e a metade do Século XIX foram de muita violência entre facções de proprietários rurais ingleses. Segundo os relatos de Elias e Dunning (1992), os problemas entre as famílias e os proprietários eram sempre resolvidos através da força física, assim como as vinganças pelas perdas de pessoas queridas. Fatos bastante distintos do que passaram a ocorrer na sociedade inglesa quando esses mudaram para o regime Monárquico-parlamentar. Aquelas discussões e lutas que eram travadas no campo da força física, passaram a ser realizadas nas cortes, onde havia espaços para as discussões e as defesas.

Aliás, é importante ressaltar que a descentralização do controle da violência dos indivíduos para o poder público é uma das características essenciais para a verificação o estágio em que uma sociedade se encontra em seu Processo Civilizatório. E, como pudemos relatar anteriormente, é a partir da mudança do sistema político inglês que essas modificações começam a ser realizadas na Inglaterra do final do Século XVIII.

Dunning elaborou um esquema, segundo ele bastante grosseiro, para demonstrar as diferenças fundamentais das relações sociais que eram estabelecidas na Inglaterra Medieval e na Inglaterra dos finais do Século XX. Segundo o autor:

[...] os modelos são muito gerais e, por este motivo, ocultam diferenças como as que existem entre classes sociais. Ignoram também a existência de sobreposições empíricas entre dois tipos, e na medida em que se baseia na extrapolação a partir de tendências observáveis, o modelo das ligações funcionais exagera, por exemplo, o grau de igualdade sexual que foi alcançado até aqui em sociedades deste tipo (DUNNING, em ELIAS e DUNNING, 1992, p. 339).

O aumento das cadeias de interdependência, ocorridas no processo civilizador, fez com que se alterasse o padrão das ligações sociais. Para demonstrar isso didaticamente, Dunning propôs-se a descrever

[...] esta faceta do processo como um aspecto no decurso do qual ligações ‘segmentares’ foram gradualmente substituídas, cada vez mais, por ligações ‘funcionais’. No centro desta transformação encontrava-se um processo em que o significado dos laços de família outorgados e de residência se tornava sucessivamente menor, enquanto o dos laços adquiridos, determinados pela divisão do trabalho, se tornava gradualmente mais importante (DUNNING, em ELIAS e DUNNING, 1992, p. 339).

A partir do esquema do autor, apreende-se que as relações sociais, na sociedade inglesa medieval, eram baseadas em ligações segmentares, e as atuais são baseadas em ligações funcionais. Vários fatores contribuíram para essa mudança, dentre eles o contínuo crescimento econômico da Inglaterra no Século XX, e a competência do Estado no controle da violência – no sentido de tornar o Estado a única instituição responsável por esse controle. Certamente que, para o sucesso disso, foi necessário um alto grau de controle individual e social, no que tange à não utilização da violência física.

É absolutamente claro, para nós, que a teoria do processo civilizatório teve sua gênese a partir de observações das sociedades européias mais desenvolvidas (Inglaterra, França e Alemanha) e que, ainda hoje, é um processo em construção e de longo prazo. Porém a explicação sócio-histórica da gênese do esporte moderno, elaborada por Elias e Dunning (1992), é uma grande contribuição para os estudos do Lazer e do Esporte.

 

A expansão do futebol e do seu espetáculo pelo mundo a partir dos últimos anos do Século XIX

Dada a importância alcançada pelo futebol no transcurso do Século XX, tomamos esse como o nosso caso de estudo. Porém entendemos que, em alguns países, outros esportes tornaram-se o esporte nacional.[2] No caso do Brasil, somos mundialmente reconhecidos como o país do futebol.

O “esporte bretão”, após ter sido esportivizado na Inglaterra, disseminou-se pelo mundo, independente das estruturas dos países que aderiram à sua prática e/ou tornaram ele um espetáculo. Os primeiros países, contaminados por este novo tipo de lazer, foram os europeus. Estes foram também os primeiros países a constituírem suas federações de futebol.

O futebol surgiu de forma regulamentada, inicialmente, nas escolas públicas inglesas entre 1845 e 1862 (ELIAS & DUNNING, 1992). Mas o marco oficial da “criação” do futebol, como um esporte moderno, é os últimos meses do ano de 1863, quando foi criada a Associação de Futebol inglesa (“Football Association” – FA). Todos sabemos que estas escolas eram freqüentadas pela elite inglesa da época. Porém a pratica do futebol não demorou muito para ser disseminada entre os membros da classe trabalhadora ou mesmo entre os ociosos. Apesar da resistência à sua profissionalização pelos membros da elite, o gosto pelo jogo foi tanto que, em curto espaço de tempo, o futebol profissionalizou-se em 1885. A responsabilidade por essa profissionalização é atribuída à grande participação de ociosos que dedicavam muito tempo à sua prática, tornando-se mais habilidosos do que os freqüentadores das “Public Schools”. Estes últimos, ao perceberem os riscos de competirem com os jogadores de futebol que não pertenciam à sua classe social, negavam-se a participarem de confrontos. A escusa era de que os dirigentes e alunos das escolas públicas eram contrários ao ethos profissional[3] e, dessa forma, livravam-se dos riscos de serem derrotados por uma classe social subalterna nos confrontos futebolísticos.

A expansão do futebol aos países europeus se deu concomitante ao processo de profissionalização do mesmo. Esta expansão levou consigo os elementos constitutivos do jogo, sua linguagem, sua forma de organização, seus costumes, suas vestimentas e, também, o hábito de terem adeptos assistindo aos jogos, aqueles que, atualmente, denominamos de espectadores ou de torcedores.[4] Podemos verificar, então, que a “invenção” do futebol, como espetáculo, data do final do Século XIX e ocorre também na Inglaterra. Há registros, de que na última década do Século XIX, havia clubes que cobravam ingressos para a assistência em jogos de futebol. E é dessa forma, espetacularizada, que o futebol se dissemina por praticamente todo o mundo.

No Brasil, a chegada do futebol, como um esporte moderno, ocorre em 1894, quando Charles Miller[5], um estudante, filho de ingleses radicados em São Paulo, chegou de seus estudos na Inglaterra e trouxe consigo “[...] duas bolas de futebol, um livro de regras e um jogo de uniformes [...]”, além do conhecimento do jogo aprendido na “Banister Court School”.[6] Ele foi o divulgador do jogo de futebol no Brasil, assim como os costumes relativos a sua pratica.

Atualmente, a bibliografia que trata da história do futebol no Brasil é significativa e, por isso, não pretendo prosseguir esse trabalho com dados históricos referentes ao futebol no Brasil, pois meu interesse é demonstrar a trajetória do futebol como espetáculo no Século XX e nos primeiros dois anos do Século XXI.

A espetacularização do futebol tem uma grande relação com a profissionalização do mesmo, e ambos contribuíram para o aumento do significado social desse esporte em diversas sociedades. Entretanto parece ser em alguns países como a Argentina, o Brasil, a Espanha, a Inglaterra, a Itália e o Uruguai, que ele criou uma certa identidade com sua população, principalmente através da representação de seus selecionados nacionais adultos.

É indiscutível o papel das Confederações Nacionais e da “Fédération Internationale de Football Association” (FIFA) na difusão do futebol espetáculo e, também, no seu nível de desenvolvimento técnico e tático. A FIFA, em particular, tem um papel fundamental na transformação do futebol em um dos maiores produtos da economia mundial do final do Século XX. No tópico seguinte, abordaremos de que forma a FIFA e outras instituições esportivas contribuíram para o desenvolvimento do futebol.

 


As instituições esportivas e a espetacularização do futebol

A “Fédération Internationale de Football Association” (FIFA) foi fundada em 21 de maio de 1904 pelas federações nacionais de futebol dos seguintes países europeus: França, Bélgica, Dinamarca, Holanda, Suécia, Suíça e Espanha.[7] Ela é a instituição máxima do futebol mundial e a grande responsável pelo status que hoje esse esporte desfruta no mundo.

Foi a partir da gestão de João Havelange na presidência da FIFA (1974-1998)[8] que o futebol teve um grande avanço na forma de espetáculo e transformou-se na mercadoria mais rentável da “indústria” do lazer. Segundo o “site” da FIFA, Havelange tranformou-a de uma instituição puramente administrativa em uma empresa dinâmica e com muitas idéias. A transformação acima mencionada possibilitou um grande desenvolvimento do futebol em esferas extra-esportivas. O mesmo site diz que:

“Durante os últimos 25 anos, a FIFA tem conseguido estender seu campo de influência por todo o mundo, não somente no âmbito esportivo, senão também em outros setores de nossa sociedade, como o comercial e o político. O futebol em mais de uma faceta,  expandiu-se para regiões inteiras e sua população. Com mais de 200 milhões de jogadores ativos, o futebol converteu-se em uma das melhores indústrias do lazer, abrindo novos mercados no mundo não apenas para a FIFA, senão para o resto das nações.” (Traduzido de http://www.fifa..com/fifa/index_S.html)

No Brasil, os primeiros feitos do selecionado nacional foi a conquista dos Campeonatos (Torneios) Sul-americanos de 1919 e 1922. Estas foram as primeiras conquistas internacionais e que contribuíram muito para a divulgação internacional dos craques do nosso futebol.[9]

O futebol tornou-se um esporte Olímpico a partir de 1908. Os Jogos Olímpicos até os dias de hoje são organizados pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). Porém as primeiras competições futebolísticas nos Jogos Olímpicos, de 1908 e 1912, foram organizadas pela “Football Association” da Inglaterra. A organização do torneio de futebol dos Jogos Olímpicos de Paris, em 1924, e de Amsterdã, em 1928, foi de responsabilidade da FIFA, que tinha o interesse de reconhecer este como um Campeonato Mundial de Futebol. Em 1930, a FIFA organizou, no Uruguai, o que ela considera o primeiro campeonato mundial de futebol. Dada as divergências com o COI, a FIFA desistiu de continuar organizando os Torneios Olímpicos de Futebol.[10]

A Federation Association, o COI e a FIFA tiveram um papel primordial no sucesso que o futebol alcançou até os dias de hoje, pois foi a partir da criação destas entidades, e por iniciativa delas, que os torneios nacionais e internacionais foram sendo organizados. Em âmbito internacional e fora do continente europeu, foi realizada a primeira copa do mundo no Uruguai no ano de 1930, sucedida por mais três versões desse evento, mas que teve uma interrupção de doze anos entre 1938 e 1950. Posteriormente a esta última, 1950, realizada no Brasil, os campeonatos foram intermitentes e disputados a cada quatro anos. O esforço de classificar-se para a Copa do Mundo e a glória de conquistar o título são os objetivos buscados por quase todos os Estados-nações conquistados pelo futebol.

Em torno não só do futebol, mas também da realização da Copa do Mundo de Futebol,[11] criou-se um mundo do negócio milionário e que atrai os mais diferentes setores, como, por exemplo, o turismo, a indústria têxtil e de calçados, – particularmente de materiais esportivos, além da criação de novos profissionais, todos esportivos – os empresários, advogados, juízes, economistas e dirigentes.

Conforme anunciamos na introdução deste trabalho, é apenas no final do Século XX que o futebol conquista alguns dos seus últimos adeptos. E, para isso, esse esporte conta com as estratégias de marketing e propaganda, principalmente da FIFA, obviamente com a contribuição de seus associados. Decide-se que a Copa do Mundo de 1994 será disputada nos Estados Unidos, que até então não despertava, entre sua população masculina, o gosto pela prática do futebol. A realização deste Campeonato possibilitou aos americanos (Estado-unidenses), um maior contato com o “mundo do futebol”.

Outra estratégia da FIFA e de seus associados, adotada na última Copa, foi a inovação de se levar ao oriente a realização da Copa do Mundo de 2002, com sede compartilhada entre dois importantes países asiáticos. Já é sabido que o futebol não era de todo desconhecido do povo asiático. Importantes craques brasileiros já haviam contribuído, com seu talento e trabalho, como técnicos em equipes japonesas. Porém é com a última Copa do Mundo que grande número de coreanos e japoneses aproximam-se do futebol e consomem-no enquanto um espetáculo.

A TV brasileira[12] foi muito insistente em nos mostrar a euforia desses orientais com o espetáculo futebolístico. Mostraram-nos o sacrifício feito por eles para conseguirem assistir aos jogos, a forma como se manifestavam durante os mesmos, assim como a forma em que se lançaram na corrida às bilheterias para assistirem, inclusive, a jogos de qualquer selecionado, por menos importantes que estes parecessem.[13]

Parece que iniciamos o novo século com o futebol globalizado! Discuti-lo enquanto uma mercadoria globalizada é outro tema que me instiga, porém não há possibilidades de desenvolvê-lo neste texto.

 

Referências bibliográficas

“Carruagem de fogo”. Hugh Hudson. Fox. EUA, 2000.

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL. História do Futebol Brasileiro. Disponível em: http://www.cbfnews.bol.com.br/historia/hist_01.jhtm . Acesso em: 03 de setembro de 2002.

DUNNING, Eric. “As ligações sociais e a violência no desporto”. In: ELIAS, N. & DUNNING, E.  A busca da excitação. Trad. de M. M. A. Silva. Lisboa: Difel, 1992. p. 327-354.

ELIAS, Norbert & DUNNING, Eric. A busca da excitação. Trad. de M. M. A. Silva. Lisboa: DIFEL. (edição original: 1985), 1992. 421p.

FÉDÉRATION INTERNATIONALE DE FOOTBALL ASSOCIATION. Donde todo Comenzó. Disponível em: http://www.fifa.com/fifa/index_S.html. Acesso em: 03 de setembro de 2002.

MURPHY, Patric et al. O futebol no banco dos réus; violência dos espectadores num desporto em mudança. Trad. de Raul S. Machado. Oeiras: Celta. (edição original: 1990), 1994. 224p.

REIS, Heloisa Helena Baldy dos. Futebol e sociedade; as manifestações da torcida. Tese de doutorado (em Educação Física), Faculdade de Educação Física da Unicamp, Campinas, 1998.

 

 

Bibliografia

GEBARA, Ademir. “Norbert Elias e a Teoria do Processo Civilizador; contribuição para a análise e a pesquisa no campo do lazer”. In: BRUNHS, H. T. Temas sobre lazer. Campinas: Autores Associados, 2000. p. 33-46.

REIS, Heloisa Helena Baldy dos. “Lazer e esporte; a espetacularização do futebol”. In: BRUNHS, H. T. Temas sobre lazer. Campinas, Autores Associados, 2000. p. 130-143.

SILVA, Silvio Ricardo da. Sua torcida é bem feliz ... da relação do torcedor com o clube. Tese de doutorado (em Educação Física), Faculdade de Educação Física da Unicamp, Campinas, 2001.

TOLEDO, Luiz Henrique de. Torcidas organizadas de futebol; lazer e estilo de vida na metrópole. Campinas, Autores Associados, 1996.

 

 

 

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[1] Vale ressaltar que o futebol já era praticado por mulheres nos EUA desde a década de 60, apesar dos EUA ter tido sua primeira participação masculina em Copa do Mundo de Futebol em 1924, na França. (http://www.fifa.com/fifa/index_S.html acesso em 03/9/2002) os adeptos masculinos tornaram-se mais interessados por essa pratica somente a partir dos anos 90.

[2] Como é o Rugby e o Basquete nos EUA, e o Handebol na Alemanha.

[3] O posicionamento contrário à profissionalização dos esportes e a resistência da elite inglesa a manutenção do ethos amador é muito bem ilustrada no filme “Carruagem de fogo”.

[4] Sobre a categorização de espectador ver Reis, 1998.

[5] Recentemente há historiadores que contestam isso, alegando a existência da pratica de jogos similares no Brasil a partir de 1700. Porém, adotamos como marco da esportivização do futebol a sua regulamentação pela “Football Association”.

[6] De Southampton. Miller e outros ingleses radicados em São Paulo protagonizaram em 1895 o primeiro jogo de futebol no Brasil, entre os funcionários da Companhia de Gás e os funcionários da São Paulo Railway. A partida foi disputada na Várzea do Carmo, e os empregados da empresa ferroviária venceram por 4 a 2. Fonte: http://www.cbfnews.bol.com.br/historia/hist_01.jhtm, acesso em 03 de setembro de 2002. 

[7] Fonte: (http://www.fifa.com/fifa/index_S.html acessado em 03/09/2002).

[8] O sétimo presidente da FIFA.

[9] Em 1914 surgiu a Federação Brasileira de Sport que deu origem em 1916 a Confederação Brasileira de Desportos (CBD) que em 1923 se filiou a FIFA. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) é fruto da união da Liga Metropolitana do Rio e da Associação Paulista de Esportes Atléticos (Apea) (http://www.cbfnews.bol.com.br/historia/hist_01.jhtm acessado em 03/9/2002).

[10] Fonte: (http://www.cbfnews.bol.com.br/historia/hist_01.jhtm acessado em 03/9/2002).

[11] Campeonato que passou a ser denominado oficialmente a partir de 1950 de Copa Jules Rimet, em homenagem ao 3o. presidente da FIFA, o qual permaneceu durante trinta e três anos a frente da entidade.

[12] Globo, única com direito de transmissão dos jogos para o Brasil.

[13] Sobre as manifestações de espectadores ver Reis 1998, Toledo, 1996 e Silva, 2001.