POLÍTICAS EDUCACIONAIS NO CONTEXTO
PÚBLICO NÃO-ESTATAL: A REVITALIZAÇÃO DO PRIVADO[i]
Universidade
Estadual do Oeste do Paraná
O texto que ora apresentamos
constituem-se na síntese de um projeto de pesquisa que vem sendo realizado com
a finalidade de contribuir com uma análise histórica das transformações que vem
sofrendo a gestão dos sistemas de ensino e unidades escolares. Este projeto tem
particularmente, o objetivo de contribuir para a analise acerca do debate entre
público e privado que sempre se fez presente na história da educação
brasileira. Debate este que a partir da década de noventa assume novas
configurações a partir da implementação de estratégias que contribuem para a
materialização do chamando público não-estatal.
Para apresentar este projeto e ao
mesmo tempo, expressar a preocupação em contribuir com a análise acerca da
historia da educação no Brasil, é preciso dizer que a pesquisa que realizamos
anteriormente esteve voltada para a investigação sobre as mudanças ocorridas na
organização administrativa, pedagógica e financeira da Escola Pública perante a
reforma administrativa do Estado brasileiro consubstanciada no Plano Diretor da
Reforma do Estado.
Assim como agora, nossa preocupação naquele momento, era a de explicitar que o Plano Diretor da
Reforma do Estado brasileiro contribuía para a construção de um modelo de
gestão escolar – no Estado do Paraná essa
proposta assume a nomenclatura de gestão compartilhada - que tinha em vista, assegurar a supremacia
do público sobre o privado. A pesquisa realizada evidenciou que embora as
estratégias de gestão elaboradas naquele contexto assumissem um caráter
democrático, colocando-se inclusive como sinônimo de gestão democrática, na
realidade, esvaziavam a possibilidade de participação política no interior da
escola e consolidavam a participação para a auto-sustentação. Na realidade, as
propostas de gestão elaboradas no contexto da Reforma do Estado, impulsionaram
a comunidade escolar a estabelecer uma relação de parceria com o Estado.
Portanto, trata-se de um modelo de
gestão que não contribui para a democratização, no sentido de garantir
qualidade de ensino para todos, visto que uma
sociedade desigual, produz também condições desiguais de manutenção da
escola pela comunidade escolar. Esta proposta de gestão escolar reforça a
dualidade histórica que se manifesta no sistema de ensino púbico brasileiro em
seus vários aspectos: escola propedêutica e escola profissionalizante; escola
pública e privada; escola pública de excelência e escola pública sem
excelência, ou seja, escola para ricos e escola para pobres.
A gestão compartilhada, subordinada
aos critérios de produtividade, de eficácia e de eficiência induz as escolas
públicas à concorrência entre si, como se o objetivo destas não fosse ofertar
educação com qualidade, para todos, ou seja, ofertar um bem público para a
coletividade. É, utilizando-nos de Lima, “um
deslocamento da esfera da democratização para o universo da
modernização”.(2000, P. 124) Isso não significa que o discurso da
democratização, presente em vários momentos na historia da educação brasileira,
tenha sido esquecido. Pelo contrário,
tornar a escola eficaz, eficiente e produtiva é democratizá-la, sem importar-se
contudo, se esta é para todos. Ou seja, em nome da modernidade, esvazia-se o
significado da democracia. Como afirma Nogueira, “ficamos modernos sobretudo naquilo que a modernização traz de mais
singular: o aumento da diferenciação
social.” (1998, p. 229) (grifo do autor)
A competitividade entre as escolas
requer a participação da comunidade no sentido de subvencionar condições para
que a escola possa produzir ótimos resultados. Na realidade, cria-se o consenso
de que a descentralização significa desconcentração de tarefas, que a
participação significa que a comunidade deva ter o controle e a fiscalização
sobre a escola para que esta tenha ótimos resultados e que a autonomia implica
que a comunidade deva ser responsável pela implementação dos projetos da
escola.
Isso significa que a descentralização
– ressignificada e esvaziada de
participação política e de autonomia pedagógica e financeira – como estratégia para o processo de gestão
compartilhada representa um marco construtivo para formular políticas que visem
à exclusão social, contribuindo para organizar a escola numa perspectiva
mercadológica, instaurando entre as escolas uma competição, um individualismo,
no qual a meta consiste em alcançar o resultado estipulado pelos Órgãos
Centrais, qual seja, superar baixos desempenhos por conta própria.
Seria muito louvável descentralizar o
sistema de ensino e possibilitar condições para que efetivamente fosse
implementada a participação política e a autonomia nas escolas. Entretanto, a
autonomia não pode se resumir à questão da manutenção da escola, ou seja, à
questão financeira. A autonomia deve vincular-se à questão política, à
capacidade de a comunidade escolar tomar decisões coletivas, solucionando os
problemas e desafios educacionais e assumindo a responsabilidade por tais decisões.
Tudo isto com financiamento do Estado.
De igual modo, a participação não
pode resumir-se a um instrumento para gerir recursos para a escola. A
participação deve ser o meio pelo qual a comunidade escolar reconheça e assuma
o poder de influenciar o rumo da unidade escolar.
Fica evidente, assim, que a reforma
da gestão escolar construída no contexto das reformas neoliberais, assegura a
fragmentação e a supremacia do privado sobre o público, que historicamente está
presente no sistema de ensino, acirrando
ainda mais as desigualdades sociais, firmando, uma terceira forma de
propriedade: o público não-estatal.
Por um lado, há a noção de público
vinculado ao mercado, onde o papel do Estado com relação ao financiamento das
políticas sociais é minimizado, embora este continue sendo o controlador e o
avaliador de tais políticas. Neste modelo, a sociedade assume a
responsabilidade pelos serviços públicos. Por outro lado, há a noção de público
articulado com o Estado, entendendo este como o mantenedor das políticas
sociais. Ocorre que com a crise do Welfare State, no Brasil, especificamente
com o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), houve uma redefinição do
papel do Estado brasileiro articulado à redefinição entre público e privado.
Esta redefinição apontou no sentido
de reconstruir o mercado, a competição e o individualismo, eliminando a
intervenção do Estado como mantenedor das políticas sociais. Nesta perspectiva,
o governo Fernando Henrique Cardoso criou o Ministério da Administração Federal
e da Reforma do Estado (MARE), cujo Ministro foi o professor Bresser Pereira. A
responsabilidade deste ministério era elaborar o Plano Diretor da Reforma do
Aparelho do Estado.
O Plano Diretor, aprovado em setembro
de 1995, definiu e redistribui as atividades do Estado em quatro pontos: Núcleo
Estratégico do Estado; Atividades Exclusivas do Estado; Serviços Não-Exclusivos
do Estado e o Setor de Produção. A educação foi encaixada nos Serviços Não
Exclusivos do Estado, podendo ser realizada por instituições não-estatais, ou
seja, o Estado provê tal serviço, mas não o executa. Isto porque, para esta
reforma há o entendimento de que cada indivíduo, fazendo parte de uma
coletividade é quem manterá os serviços públicos.
Assim, com o governo Fernando
Henrique Cardoso o conflito entre privado e público ganhou uma terceira
propriedade que é o público não-estatal. Argumenta Bresser Pereira:
se definirmos como público aquilo que
está voltado para o interesse geral, e como privado aquilo que é voltado para o
interesse dos indivíduos e suas famílias, está claro que o público não pode ser
limitado ao estatal, e que fundações e associações sem fins lucrativos e não
voltados para a defesa de interesses corporativos, mas para o interesse geral,
não podem ser consideradas privadas: são ‘organizações sem-proprietários”
(1998, p. 99).
Bresser Pereira (1998) indica, ainda, a forma de gerenciamento, que
traz no bojo a concepção de administração pública mais eficiente, eficaz e
moderna. Para tanto, o autor situa três formas de administrar o Estado. A
primeira delas, a administração patrimonialista, “é do Estado, mas não é pública, na medida em que não visa ao interesse
público”.(Ibid, p. 20). É a administração que sobrevive por meio do
clientelismo. A segunda é a administração pública burocrática, “baseada em um serviço civil profissional,
na dominação racional-legal weberiana e no universalismo de procedimentos,
expresso em normas rígidas de procedimento administrativo”.(Id.) A terceira forma de administrar o
Estado, apresentada pelo autor, é a administração moderna. É a administração
pública gerencial que busca “criar
novas instituições legais e organizacionais que permitam que uma burocracia
profissional e moderna tenha condições de gerir o Estado brasileiro.” (Ibid. p.
22)
Enquanto que a reforma burocrática ou
reforma do serviço civil, ocorrida no Brasil nos anos 30, marcava o rompimento
com o patrimonialismo, criando as instituições necessárias à racionalização
burocrática, ao surgimento de uma burocracia profissional, a reforma gerencial
parte do pressuposto de que
no final
do século vinte, quando as técnicas de controle gerencial e democrático já
foram amplamente desenvolvidas, a melhor forma de combater o clientelismo é
tornar-se gerencial; é dar autonomia ao administrador público, valorizando-o
por sua capacidade de tomar decisões, inclusive de caráter político, ao invés
de submetê-lo a um controle burocrático vexatório. (Ibid, p. 22-23)
A administração pública gerencial não
nega os princípios da administração burocrática. Princípios como “admissão segundo rígidos critérios de mérito, a existência de
um sistema estruturado e universal de remuneração, as
carreiras, a avaliação constante de desempenho, o treinamento sistemático” (BRASIL,
Plano Diretor, 1995) são mantidos. A diferença fundamental reside
na forma de controle. Enquanto a administração burocrática firma-se nos
processos, a administração gerencial centraliza-se nos resultados. Na verdade,
ambas são formas centralizadas de gerenciamento; ambas não rompem com o clientelismo,
patrimonialismo e fisiologismo.
Vale destacar que a administração
pública gerencial percebe o cidadão como pagante de impostos e como cliente dos
serviços prestados pela administração. E para atender melhor o cidadão-cliente
a um custo menor, faz-se necessário, segundo Bresser Pereira (1998, p. 25),
implantar as agências autônomas[ii],
no nível das atividades exclusivas de Estado, e as organizações sociais[iii],
no setor público não-estatal.
Contrapondo-se às idéias contidas no
Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, defendidas pelos textos de
Bresser Pereira, Andrews e Kouzmin (1998), intitulam a administração gerencial
de “conservadorismo disfarçado”.
Afirmam os autores que este tipo de discurso gerencial “representa uma
expressão ideológica do novo conservadorismo dentro de regimes
democráticos.”(Ibid, p. 98)
Utilizando-se do conceito de ação
comunicativa proposta por Habermas, que se baseia nos conceitos de “atos da fala” de John Austin, os
autores analisam o discurso sobre a reforma administrativa colocando que, para
a administração gerencial ser uma proposta “progressista”, “o conceito da reforma administrativa é transformada
numa construção artificial introduzida no próprio discurso,
de forma que o ouvinte seja induzido a aceitar este contexto ‘construído’ como
ele é apresentado pelo emissor do discurso.”
(Ibid, p. 102)
Entre outras observações, os autores
indicam que o discurso da reforma administrativa rejeita as palavras “neoconservador”, “neoliberal”, “radical” e
“burocrático”, pois estas têm efeitos
negativos sobre os ouvintes. No lugar destas, utilizam as palavras “centro-esquerda”, “moderno” e “século
vinte-e-um”, que geram um efeito positivo, disfarçando, assim, a proposta
conservadora da reforma. Entendemos que o discurso democrático encoberto por
este “conservadorismo disfarçado”
apontado pelos autores, ganha sustentação na definição das metas políticas,
econômicas e sociais que os governos impõem para os seus Estados.
É nesta perspectiva que o público
não-estatal adentra a escola pública como sinônimo de qualidade, de eficiência,
de eficácia, de produtividade a partir da lógica do mercado. Ou seja, é
reservado ao setor público não-estatal garantir o bem público através da
manutenção de serviços com qualidade, eficientes, eficazes e produtivos em
virtude da “concorrência” do mercado. A
“eficiência” e “eficácia” do público não-estatal em nossas escolas pode
ser assegurada pelos amigos da escola, da informática, da merenda, das
contribuições voluntárias, pelas organizações não governamentais, pela
criatividade dos gerentes da escola, enfim, pela obrigação da sociedade civil
organizada e pela desobrigação do Estado com a manutenção da escola.
Entretanto, é preciso frisar que a
diferença fundamental entre o público e o privado está no valor da mercadoria.
Ao público, por ser coletivo, o indivíduo tem acesso, tem usufruto. O uso, o
acesso não depende de sua condição financeira, como ocorre no privado. Neste
último, o indivíduo compra o produto, sua aquisição é de forma individual, em
detrimento ao coletivo. O público não-estatal, em nosso entendimento, não
difere do privado tendo em vista que, no caso específico das escolas, o
conhecimento, ou melhor, a “informação” será adquirida de acordo com as
possibilidades financeiras do “cliente”, e de forma individual. O público não pode significar uma negação do
estatal, não pode ser dicotomizado nem fundido com o privado e o estatal. Ao
contrário, o público deve ser entendido enquanto uma estratégia para a participação
política, dentro de um projeto de sociedade democrática.
No Plano Diretor da reforma do
aparelho do Estado, a concepção de público, não faz parte do aparato do Estado,
ou seja, estabelece-se a “publicização” da educação, o que traz mudanças para a
organização desse ensino. Se, tais mudanças, oriundas pela concepção do
público-não estatal, forem entendidas “como uma forma de autogestão mas com
financiamento estatal, a coisa poder ter uma dimensão democrática e
antiburocrática”. (Coutinho, 2002:36).
Considerando então que o sistema
público brasileiro passa hoje por um processo de reorganização administrativa,
pedagógica e financeira que coaduna com o modelo de Estado neoliberal e que são
muitas as ações no campo educacional para corroborar, para legitimar tal opção,
nos propomos neste projeto a analisar o processo de redefinição do espaço
público do sistema de ensino. Para tanto, pretendemos averiguar a organização
do sistema de ensino da Educação Básica e Profissional proposto pelo governo
federal e implantados e/ou implementados a partir de projetos, programas e
ações pelo governo do estado do Paraná.
Em nosso
entendimento, colocar em pauta a discussão do processo de redefinição do espaço
público estatal é de fundamental relevância para o estudo da história da
educação brasileira, um vez que, principalmente a partir do governo Fernando
Henrique Cardoso, as políticas sociais de modo a implementar o subsidio das
políticas sociais, dentre elas a educação, pelas instituições não estatais.
Isto acarreta uma mudança na relação entre Estado, sociedade e mercado que,
indubitavelmente, traz implicações para o conjunto da sociedade.
Para o
desenvolvimento desta pesquisa, considerando o fato de que é realizada por um
grupo de pesquisadores, estabelecemos alguns objetivos específicos, que no seu
conjunto, pretendem analisar o processo de redefinição do espaço público do
sistema de ensino, e deste modo trazer subsídios para uma análise histórica das
mudanças estabelecidas em torno da organização dos sistemas e unidades
escolares.
Para analisar este processo de
redefinição, o primeiro objetivo apontado neste projeto consiste em explicitar
a concepção de público, privado, e não-estatal, visto que, tais conceitos fazem parte do embasamento teórico do
estudo. Entretanto, é preciso compreender que a explicitação de tais conceitos
requer o debate em torno da democracia. Desta forma, consiste em outro objetivo
específico, a análise do conceito de democracia e o sobre o processo de
democratização nas escolas.
Analisar o modelo de gestão
implantado nos Centros Estaduais de Educação Profissional (CEEPs), constitui-se
também um dos objetivos específicos desta pesquisa. O modelo de gestão em
questão explicita a minimização do papel do Estado como provedor da Educação e
a “publicização” do espaço público para este setor. Assim, pretende-se analisar
as relações entre o referido modelo, as orientações dos organismos
multilaterais e o Plano Diretor de Reforma do Estado, relações estas
engendradas para responder às transformações do setor produtivo, verificando
como tal modelo incorpora as orientações dos organismos multilaterais e do
Plano Diretor de Reforma do Estado.
Outro objetivo específico do grupo é
o de analisar as políticas de incentivo ao trabalho voluntário na educação
paranaense. Tal objetivo articula-se à hipótese da efetivação de um processo de
desconstrução do sistema público de educação, quando as reformas educacionais
propõem a adoção de novas linguagens, novos valores e novos papéis dos sujeitos
sociais, ao invés de propor a ampliação dos investimentos públicos na área
social.
A partir do desenvolvimento dos
objetivos específicos ora apresentados, esperamos reunir argumentos que
contribuam com o objetivo geral do estudo no sentido de explicitar as políticas
educacionais no cenário público não-estatal.
Pretendemos, ainda, que esta pesquisa
possa contribuir com a explicitação das estruturas, processos e relações que
tem caracterizado a formulação e a implementação das políticas sociais neste
Estado, as quais tem materializado uma nova categoria no debate entre o publico
e o privado: o público não-estatal. Os dados empíricos e analíticos que
pretendemos apresentar poderão subsidiar os profissionais da educação e os
movimentos organizados da sociedade brasileira, em especial, do Estado do
Paraná, na proposição e defesa de políticas sociais que interfiram na
construção de um projeto político social que enfrente as desigualdades e a
centralização presentes no atual modelo.
Referencias:
AFONSO. Almerindo
Janela. Políticas
educativas e avaliação educacional.
Braga, Portugal: Universidade do
Minho, 1998.
ANDREWS, W. Christina & KOUZMIN, Alexander. O discurso da nova administração pública. In: Lua
Nova. nº 45. São Paulo: CEDEC, 1998.
BALL, Stephen J. La micropolitica
de la escuela: hacia una teoria de la
organizacion escolar. Madrid: Paidos,
MEC, 1994.
BANCO
MUNDIAL. Educación Técnica y formación profesional. Washington
D.C., 1992.
BANCO
MUNDIAL. Informe sobre el desarollo
mundial: el conocimento al sercicio
del desarrollo. Washington,
D.C. 1998-1999.
BANCO
MUNDIAL. Prioridades y estrategias para la educación –
estudio sectorial del Banco Mundial version preliminar, maio de 1995.
BIRD. Relatório sobre o
desenvolvimento mundial – O Estado num mundo em transformação. Indicadores
Selecionados do Desenvolvimento Mundial,1997.
BRASIL. MEC, INEP. Educação
para Todos. Avaliação da década. Brasília, DF:2000.
____. Câmara da Reforma de Estado. Plano Diretor da Reforma
do Aparelho do Estado. Brasília,1995.
____. Constituição da
República Federativa do Brasil. Brasília,
Senado Federal/Centro Gráfico. 1988.
____. Educação Brasileira
Políticas e Resultados. Brasília, DF: 1999 (on line).
____. Fundo de Manutenção
e desenvolvimento do ensino fundamental e valorização do magistério: guia para
sua operacionalização. São Paulo,
FPFL-Cepam, 1997.
____. LDB 9394/96, de 20 de dezembro de 1996. Dispõe
sobre as diretrizes da Educação Nacional.
BRESSER PEREIRA. Luiz Carlos. Da administração pública
burocrática à gerencial. In PEREIRA, Luiz Carlos Bresser, e SPINK, Peter
(Org.). Reforma do Estado e
administração pública gerencial. Rio de Janeiro: Editora FGV, 1999.
CENPEC- Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e
Ação Comunitária. Amigos da escola:
voluntários e parceiros. vol.1. São Paulo : CENPEC,
DE TOMMASI, Lívia; WARDE, Mirian Jorge; HADDAD, Sérgio (Orgs). O
Banco Mundial e as políticas educacionais. 2 ed. São Paulo: Cortez, 1998.
FRANCO, Augusto de. A reforma do Estado e o terceiro setor. IN:
PEREIRA, Luiz Carlos Bresser; WILHEIM, Jore & SOLA, Lourdes (orgs). Sociedade
e Estado em Transformação. Brasília: ENAP, 1999.
GRAMSCI, Antonio. Os
intelectuais e a organização da cultura. 7 ed. Rio de Janeiro : Civilização Brasileira, 1989.
LIMA,
Licínio C. Modernização, Racionalização e Optimização - Perspectivas
neo-taylorianas na organização e administração da educação. In: Cadernos de Ciências Socias, nº
14 – janeiro, 1994.
____. Gestão
das escolas secundárias- a participação dos alunos. Lisboa : Livros Horizonte, 1988.
____. Organização escolar e democracia radical:
Paulo Freire e a governação democrática da escola pública. São Paulo: Cortez:
Instituto Paulo Freire, 2000, p. 124.
NOGUEIRA, Marco
Aurélio. As Possibilidades da Política. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 1998.
OLIVEIRA, Francisco
de, PAOLI, Maria Celia. Os sentidos da democracia- políticas do
dissenso e hegemonia global. Petrópolis
: Vozes, 2000.
PARANÁ. PQE Projeto Qualidade no Ensino Público do Paraná.
Qualidade na Escola. Curitiba, 1997.
____.Caderno de Gestão Escolar Caminhos para a Gestão
Compartilhada. Curitiba, 1995.
SOUZA,
Silvana Aparecida de. Gestão escolar
compartilhada: democracia ou descompromiss? São Paulo: Xamã, 2001
[i] Titulo do projeto de pesquisa que vem sendo desenvolvido pelos pesquisadores: Antonio Bosco de Lima, Edaguimar Orquizas Viriatto, Isaura Mônica Souza Zanardini, Janete Ritter (UNIOESTE – Campus de Cascavel), Silvana Aparecida de Souza (UNIOESTE – Campus de Foz do Iguaçu) e Marlene L. Sapelli ( UNIPAR). O projeto conta com a participação dos seguintes alunos: João Batista Zanardini, Jane Aparecida Parahyba, Ana Paula Santi, Leni T. Marcelo Pinzan, Débora Cristina Mascarelo, Ana Paula H. Romero ( UNIOESTE – Cascavel), Thuinie M. Vilela, Auzeni Maria de Lima, Armando Daros Junior,Viviani S. Tholfo, Rejane Ap. da Silva Kunz, Marcela Cássia de Camargos, Adriana Fernandes Cavalhereiro (UNIOESTE – Foz do Iguaçu).
[ii] No documento do MARE, "Plano Diretor da Reforma do Estado, novembro de 1995, as agências autônomas são a "transformação de autarquias e de fundações que exerçam atividades exclusivas do Estado, com foco na modernização da gestão".
[iii] Já as organizações sociais, conforme documento citado na nota anterior, são "entidades de direito privado que, por iniciativa do Poder Executivo, obtêm autorização legislativa para celebrar contrato de gestão com esse poder, e assim ter direito à dotação orçamentária".